Auxílio emergencial

Auxílio emergencial: ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega diz que Congresso tem dever de aprovar novos pagamentos

Auxílio emergencial pagou parcelas de R$ 600 a milhares de brasileiros no ano passado

Gabriel dos Santos Araujo Dias
Gabriel dos Santos Araujo Dias
Publicado em 18/02/2021 às 11:16
Welington Lima/JC Imagem
FOTO: Welington Lima/JC Imagem

Em entrevista ao Passando a Limpo, da Rádio Jornal, na manhã desta quinta-feira (18), o ex-ministro da fazenda Maílson da Nóbrega defendeu a extensão do auxílio emergencial. Para ele, deputados e senadores têm “dever moral” de aprovar extensão do pagamento do benefício.

“Eu sou favorável à extensão do auxílio emergencial. Em alguns momentos, eu duvidei sobre a necessidade, mas tudo indica que não há dúvidas hoje sobre isso. Primeiro, porque a pandemia se agravou. Estamos longe de voltar a uma geração razoável de empregos. O PIB brasileiro deve cair no primeiro trimestre, diante dos dados não tão favoráveis desde novembro. A geração de empregos para absorver os brasileiros que perderam o auxílio emergencial dificilmente vai ser suficiente para atender essa finalidade”, analisou o economista.

Segundo Maílson, o quadro de desemprego no país demonstra a necessidade do auxílio emergencial para a população. “Portanto, como tem milhares de brasileiros sem renda, é um dever moral, além de político e social, que o congresso aprove isso [o auxílio]”, afirmou.

“O que tem de se discutir é: o Brasil aguenta aumentar ainda mais o gasto em 30 bilhões por mês? Eu diria que não, mas, por outro lado, é possível convencer os mercados a absorver essa restauração do auxílio emergencial. O que os mercados se assustam é com a relação entre a dívida e o PIB. A medida em que essa relação sobe, aumenta o temor de crise de endividamento, em resumo, um calote”, explicou. “Mas, depende da forma como o governo venda o raciocínio, também pode haver corte em um programa social menos eficaz, acho que [assim] o mercado vai absorver essa medida”, pontuou.

Confira a entrevista na íntegra: