Doença da urina preta

Síndrome de Haff: Saiba como se prevenir da doença da urina preta

Toxina que causa Síndrome de Haff não modifica sabor do alimento estragado. Veja como se prevenir

Gabriel dos Santos Araujo Dias
Gabriel dos Santos Araujo Dias
Publicado em 24/02/2021 às 8:00
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O caso de duas irmãs que adoeceram no Recife após comer peixe colocou luz sobre os riscos de consumir este tipo de alimento sem saber a procedência da produção, armazenamento e comercialização. A Síndrome de Haff é uma doença que causa fortes dores musculares e provoca o escurecimento da cor da urina.

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Esta enfermidade é causada, segundo os médicos, pela contaminação com uma toxina que se desenvolve em peixes que não são bem armazenados em temperaturas adequadas. “O que chama atenção? O peixe não foi armazenado de forma adequada nem tratado de forma adequada. Aí ele vai produzir uma toxina. Você come o peixe, não nota que tem essa toxina, o gosto não tem alteração, mas, poucos dias depois, você começa a ter a dor muscular intensa e a urina ficando preta, devendo procurar de imediato uma unidade hospitalar, quando isso acontecer”, analisou o médico infectologista Filipe Prohaska, em entrevista à TV Jornal.

Cuidados

Segundo o especialista, para evitar este tipo de contaminação, é necessário ter cuidado com o local onde se compra o peixe. “Muito cuidado onde você compra o peixe. Muito cuidado em checar como aquele peixe chegou ali e como ele está sendo armazenado no momento da venda. O mais importante é comprar em lugares onde você tenha garantia da segurança”, explicou Filipe Prohaska.

Ao portal G1, o médico detalhou que o ideal é que o peixe seja transportado e armazenado em temperaturas entre -2º e 8ºC. O médico orienta que, caso o produto seja adquirido na feira, é necessário identificar se o peixe está sendo mantido no gelo (para preservar a temperatura ideal).

Peixes

No caso das duas irmãs que adoeceram no Recife, a família informou que elas comeram peixe do tipo Arabaiana, também conhecido como “Olho de Boi”. No entanto, outras espécies já estão relacionadas com casos descritos de Síndrome de Haff. É o caso do tambaqui. Na Bahia, a doença já foi relacionada com o consumo do Badejo (Mycteroperca) e, no Amazonas, com o consumo do Pacu Manteiga (Mylossoma).

Caso no Recife

No Recife, as irmãs que comeram o peixe arabaiana seguem sendo acompanhadas pelos médicos. Uma delas está internada e mãe, em entrevista à TV Jornal, disse que a filha está “muito mal”.