Paulo Guedes não descarta auxílio emergencial de R$ 600, mas defende venda de empresas públicas

O ministro da Economia afirmou que empresas públicas podem ser negociadas para fortalecer, além do auxílio emergencial, outros programas socais
Com informações da Agência Senado
Publicado em 25/03/2021 às 16:39
Paulo Guedes afirmou que será preciso enfrentar a segunda onda da crise do coronavírus, que é a econômica Foto: Marcos Corrêa/PR


O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou de uma audiência da Comissão Temporária Covid-19 (CTCOVID19) e não descartou a possibilidade de aumentar o valor do novo auxílio emergencial para R$ 600. No entanto, para aumentar o valor das parcelas, ele afirmou que é necessário a venda de empresas públicas que dão prejuízo. Em 2021, a nova rodada de pagamentos será dividida em torno de R$ 150 a R$ 375, a partir do mês de abril.

''O Estado está financeiramente quebrado, mas cheio de ativos. Vimos que é possível aumentar o valor, mas tem que ser em bases sustentáveis. Se aumentar o valor sem por outro lado ter as fontes de recursos corretas, traz a superinflação ou a inflação de dois dígitos como era antigamente. O resultado final é desemprego em massa e o imposto mais cruel sobre os mais pobres que é a inflação'', disse o ministro.

Além do novo auxílio emergencial, a fala de Paulo Guedes também se referiu ao pagamento de outros benefícios sociais, como o Bolsa Família. De acordo com o ministro da Economia, a negociação de empresas públicas não lucrativas deixaria o governo federal com mais recursos financeiros para os programas sociais, como o Renda Brasil — que substituiria o programa Bolsa Família. ''Já que isso pertence ao povo, vamos devolver recursos para população brasileira também'', completou Paulo Guedes.

Governadores pedem auxílio de R$ 600

Em carta enviada aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), os governadores de 16 Estados, incluindo Pernambuco, pedem que o Congresso Nacional que o novo auxílio emergencial seja com o valor de R$ 600 e que o benefício tenha os mesmos critérios de 2020, quando foi disponibilizado pela primeira vez durante o inicio da pandemia da covid-19.

> Governador de Pernambuco e de outros 15 Estados pedem que novo auxílio emergencial seja de R$ 600

"Agir contra esse cenário requer medidas sanitárias e garantia de uma renda emergencial. Somente com essas medidas seremos capazes de evitar o avanço da morte", escrevem os governadores. "Por isso, entendemos que a redução dos valores do auxílio emergencial é inadequada para a eficácia da proteção da população. Enquanto a vacinação não acontecer em massa, precisamos garantir renda para a população mais vulnerável.", dizem.

Novo auxílio emergencial

Assinada por Bolsonaro, a MP permitirá, segundo o governo, que 45,6 milhões de famílias recebam a nova rodada do auxílio emergencial, em 2021. O benefício só será pago a famílias com renda total de até três salários mínimos por mês, se a renda por pessoa for inferior a meio salário mínimo. A medida prevê o pagamento por quatro meses, mas deixa em aberto uma possível prorrogação das parcelas, que poderá ser feita por Ato do Executivo. Ou seja, sem que passe pelo crivo do Congresso.

> Auxílio emergencial 2021: confira datas de pagamento para beneficiários do Bolsa Família

O pagamento será feito aos inscritos do CadÚnico e do Bolsa Família. A previsão é que os pagamentos do novo auxílio emergencial comecem em 5 de abril para os trabalhadores informais que não recebem o Bolsa Família. O calendário do novo auxílio emergencial já está pronto e deve ser divulgado em breve pela Caixa Econômica Federal. A informação foi divulgado em primeira mão pelo SBT News.

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