O aumento do valor do auxílio emergencial, em 2021, é um dos tópicos mais discutidos, agora que o benefício é oficial e está às vésperas do início dos pagamentos.
>> Auxílio emergencial 2021: quantos recebem por família? Já tem calendário? Quanto recebe quem é do Bolsa Família? Veja detalhes do decreto editado por Bolsonaro
>> Auxílio emergencial 2021: além do aumento do valor para R$ 600, confira outras mudanças que ainda podem acontecer
Senado
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), descartou o aumento dos valores do auxílio emergencial, hoje previsto em R$ 250, com variações de R$ 150 a R$ 375, a depender do perfil do beneficiário.
Ao ser questionado sobre a pressão dos governadores para aumentar o valor do auxílio emergencial 2021, na última sexta (26), Pacheco disse que a realidade fiscal brasileira não permite um reajuste.
“É uma realidade que vai socorrer as pessoas, mas que não será obviamente aquilo que desejavam os mais necessitados. (...) Óbvio que todos nós gostaríamos de reeditar o que foi pago no ano passado, mas não será possível por causa da responsabilidade fiscal e do Orçamento”, explicou.
Para o senador, o foco deve ser a vacinação da população. "É a vacina que vai trazer segurança", disse Pacheco, que citou outras ações, como a Lei Aldir Blanc -para artistas- e o Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
>> Com anúncio de Bolsonaro, auxílio emergencial 2021 já tem datas de início de pagamento para todos; confira calendários já divulgados
>> Calendário do auxílio emergencial 2021: confira datas de pagamento para beneficiários do Bolsa Família em abril, maio, junho e julho
>> Auxílio emergencial 2021 já tem primeiros calendários; confira datas e veja o que falta para começar pagamentos
Governadores
Governadores pressionam para uma aprovação de novas parcelas do auxílio emergencial de R$ 600, mesmo valor pago pelo governo federal no início da pandemia, no ano passado.
Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência da Comissão Temporária da Covid-19 (CTCOVID-19) na quinta-feira (25), havia descartado a possibilidade de o governo aumentar o pagamento do auxílio emergencial, se não houvesse fonte de recursos para embasá-lo, sem uma contrapartida.
"Tem que ser em bases sustentáveis. Se você aumenta esse valor sem, do outro lado, ter as fontes de recursos corretas, você traz de volta a hiperinflação — ou não precisa nem falar em hiper, traz uma inflação de dois dígitos, como era antigamente, com juros altos —, e o resultado final é desemprego em massa, 40 milhões de brasileiros invisíveis num lado, e o imposto mais cruel de todos sobre os mais pobres, que é a inflação", avaliou Guedes.
>> Calendário: usado no pagamento do auxílio emergencial e Bolsa Família, veja se pode atualizar cadastro no Caixa Tem, nesta segunda (29)
>> Auxílio emergencial 2021: veja como consultar e regularizar situação do CPF para garantir benefício
>> Auxílio emergencial 2021 pode ser de R$ 600? Valores ainda podem aumentar?
>> Quem não conseguiu auxílio emergencial em 2020 poderá receber em 2021?
>> Confira como consultar se vai receber auxílio emergencial 2021 a partir de abril
Congresso Nacional
A maioria dos senadores e deputados sugeriu emendas para elevar o valor do auxílio emergencial para R$ 600, com famílias monoparentais recebendo em dobro (R$ 1,2 mil) e unipessoais garantindo uma cota integral do auxílio emergencial, também de R$ 600.
As mudanças foram sugeridas por Eliziane Gama (Cidadania-MA), Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Mara Gabrilli (PSDB-SP), Fabiano Contarato (Rede-ES) e Weverton (PDT-MA), entre outros.
“A MP do auxílio emergencial determina o valor de R$ 250, mas todos nós sabemos que é inviável. Só o botijão de gás está R$ 100. Por isso, apresentei emenda que determina o valor de R$ 600. Não podemos aceitar esse valor proposto pelo governo federal”, publicou Weverton nas redes sociais.
>> Auxílio emergencial 2021 começa a ser pago em que dia? O que falta?
>> Auxílio emergencial 2021: precisa fazer cadastro de novo? E quem não é cadastrado?
>> Auxílio emergencial 2021 poderá ser movimentado via Pix ou transferências?
>> Auxílio emergencial 2021: mães chefes de família vão receber valor em dobro de novo?
Embora haja tentativas de elevar o pagamento para o máximo valor possível, os congressistas também propuseram valores alternativos para as parcelas do auxílio emergencial, um pouco maiores que os fixados pela MP.
Paulo Paim (PT-RS) propôs parcelas de R$ 450, com R$ 900 para mães de família e a mesma cota para famílias uniparentais; Randolfe sugeriu R$ 300, com R$ 450 para famílias comandadas por mães e R$ 200 para uniparentais; e Confúcio Moura (MDB-RO) sugeriu que se eleve o pagamento para R$ 400, sendo R$ 800 para mães provedoras.
“É um minimo condizente com as necessidades das pessoas que ha mais de um ano sofrem sem ter o minimo para poderem se alimentar”, justifica Confúcio no texto.
- Auxílio emergencial 2021: quantos recebem por família? Já tem calendário? Quanto recebe quem é do Bolsa Família? Veja detalhes do decreto editado por Bolsonaro
- Calendário: usado no pagamento do auxílio emergencial e Bolsa Família, veja se pode atualizar cadastro no Caixa Tem, nesta segunda (29)
- Senado analisa projeto de lei que visa criar auxílio de R$ 2 mil para restaurantes, bares e lanchonetes
- Auxílio emergencial 2021 ainda pode ser de R$ 600? Veja o que diz Paulo Guedes
- Calendário: usado no pagamento do auxílio emergencial e Bolsa Família, veja se pode atualizar cadastro no Caixa Tem, neste fim de semana
Como será o auxílio?
A nova rodada do auxílio emergencial, em 2021, definida por medida provisória (MP 1039/21), começa a ser paga em abril.
O retorno do auxílio emergencial será em quatro parcelas, com valores específicos conforme o perfil de quem recebe. O valor médio dessa rodada é de R$ 250, mas pode variar de R$ 150 a R$ 375, a depender da composição de cada família.