Pernambuco registra alta de 197% das internações em UTIs dos pacientes entre 20 e 39 anos

Mudança no perfil de internações nos leitos de UTI tem preocupado Governo de Pernambuco
Ísis Lima
Publicado em 15/04/2021 às 18:25
Leitos de UTI dedicados a pacientes com sintomas de covid-19 em Pernambuco Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem


A mudança no perfil de internações nos leitos de UTI dedicados aos quadros respiratórios tem preocupado o Governo de Pernambuco. Durante coletiva online, realizada nesta quinta-feira (15), o secretário estadual de Saúde, André Longo, alertou para o avanço da doença entre os adultos jovens. Na comparação entre as duas primeiras semanas epidemiológicas do ano (03 a 16/01) e as duas últimas (28/03 a 10/04), o Estado registrou um aumento de 197% nas internações em UTIs de pacientes na faixa etária entre 20 e 39 anos; e de 205% entre internados com idade entre 40 e 59 anos.

“Atualmente, temos uma grande preocupação com os adultos mais jovens, que têm uma falsa sensação de menor risco e estão se protegendo menos. Volto a lembrar que só vamos evitar novas perdas se todos se conscientizarem. Ninguém está livre da doença e todos podem ser vítimas do vírus”, advertiu André Longo, ressaltando a importância da manutenção dos cuidados.

Internações de idosos

Já em relação aos idosos, aconteceu o inverso, de acordo com a progressão da vacinação, ressaltando o impacto positivo da imunização naquela faixa etária. Entre os primeiros idosos imunizados – aqueles com mais de 85 anos de idade – que começaram a ser vacinados a partir do final de janeiro, houve redução de 33% nas internações em leitos de terapia intensiva.

Quanto ao público com idade entre e 70 e 84 anos ainda não houve queda, mas o crescimento evoluiu em ritmo muito menor que entre os jovens, com 10% de redução nos idosos com idade entre 80 e 84 anos (faixa que começou a ser vacinada a partir de 25/02 no Estado) e 88% nos idosos entre 70 e 79 anos (vacinação que teve início em 10/03).

Apenas na faixa etária entre 60 e 69 houve aumento em maior ritmo (236%). Importante lembrar que muitos desse grupo sequer foram vacinados, já que as primeiras doses para essa faixa etária chegaram em 26/03.

“Nossas ações salvam vidas e são determinantes para que possamos avançar no Plano de Convivência. Para que possamos ter menos medidas restritivas, menor pressão sobre o sistema de saúde e menos vidas perdidas é preciso que todos sejam conscientes e usem máscara, lavem as mãos e evitem as aglomerações”, reforçou o secretário André Longo.

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O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização.
  • Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
  • Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95

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