O Governo Federal não irá realizar o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2021. A informação foi confirmada, nesta sexta-feira (23), pelo secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, que informou que o Orçamento de 2021 não traz recursos para a realização da pesquisa, que será adiada.
"Não há previsão orçamentária para o Censo, portanto ele não se realizará em 2021. As consequências e gestão para um novo Censo serão comunicadas ao longo desse ano, em particular em decisões tomadas na Junta de Execução Orçamentária", declarou ele.
Os recursos necessários para o Censo, que acontece, em geral, a cada dez anos, eram da ordem de R$ 2 bilhões. Durante a tramitação do projeto no Congresso Nacional, os parlamentares já haviam feito um corte de R$ 1,76 bilhão, agora, foi confirmada a retirada dos recursos. Segundo Waldery, novas decisões serão comunicadas oportunamente.
No início do mês, o IBGE já havia suspendido as provas do processo seletivo para recenseadores e agentes censitários que trabalhariam na pesquisa. Cerca de 17 mil agentes censitários e 182 mil recenseadores seriam contratados.
Os dados populacionais do Censo são utilizados para os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e para uma série de outras transferências da União para estados e municípios. Os dados são importantes para saber as condições de vida, emprego, acesso à saneamento, saúde e escolaridade, entre outros, da população brasileira.
As informações coletadas no Censo ajudam na construção de políticas públicas para melhorar a qualidade de vida do brasileiro. A última contagem da população foi realizada no Censo Demográfico de 2010.
Integrantes do governo falaram à imprensa sobre os vetos à Lei Orçamentária Anual, que foi sancionada nesta quinta-feira (22) pelo presidente Jair Bolsonaro e publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial da União.
Os vetos ocorreram porque as projeções do Ministério da Economia indicam a necessidade de uma recomposição de R$ 29 bilhões e, com isso, foi necessário abrir um espaço no Orçamento. Essa recomposição foi feita em acordo com o Congresso Nacional por meio de um veto parcial de R$ 19,8 bilhões de dotações orçamentárias e o bloqueio adicional de R$ 9,3 bilhões.
A diferença entre o veto e o bloqueio é que o veto representa um corte definitivo da despesa, enquanto que o bloqueio permite que o valor possa ser desbloqueado ao longo do ano, no caso de novas projeções indicarem a existência de um novo espaço no teto de gastos.
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