Em pronunciamento em rede nacional, na noite desta quarta-feira (2), o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) lamentou as mortes de brasileiros pela covid-19 (o Brasil contabiliza mais de 467.702 óbitos pela doença), comemorou a marca de mais de 100 milhões de vacinas distribuídas em todo o País, mas eximiu o seu governo de culpa em relação ao novo avanço do coronavírus no Brasil e voltou a atacar os governadores que adotaram medidas mais rígidas no combate aos coronavírus.
"Sinto profundamente cada vida perdida em nosso País. Hoje (2) alcançamos a marca de 100 milhões de doses de vacinas distribuídas em Estados e Municípios. O Brasil é o quarto país que mais vacina no planeta. Neste ano, todos os brasileiros que assim desejarem, serão vacinados. Vacinas essas aprovadas pela Anvisa", declarou o presidente Jair Bolsonaro, no trecho inicial de seu pronunciamento.
Em um segundo momento, Bolsonaro utilizou o espaço para voltar a atacar os governadores que aderiram a uma quarentena mais rígida nos momentos de alta dos casos da covid-19. "Ontem (1) assinamos o acordo de transferência de tecnologia para produção de vacinas no Brasil, entre a Astrazeneca e a Fiocruz. Com isso, passamos a integrar a elite de apenas cinco países que produzem vacina contra a covid no mundo. Nosso governo não obrigou ninguém a ficar em casa. Não fechou o comércio, não fechou igrejas, escolas e nem tirou o sustento de milhões de trabalhadores informais", disparou o presidente.
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ECONOMIA
Para em seguida falar a respeito do desemprego e da economia do País. "Sempre disse que tínhamos dois problemas pela frente: o vírus e o desemprego. E que deveriam ser tratados com a mesma responsabilidade e de forma simultânea", falou. "Destinamos, em 2020, R$ 320 bilhões para o auxílio emergencial para atender os mais humildes. Esse montante vale mais de dez anos do Bolsa Família. E mais R$ 190 bilhões para ajudar Estados e Municípios. Alguns setores como de bares e restaurantes, turismo e outros foram socorrido pelo nosso governo", complementou Bolsonaro.
Já no final do pronunciamento, o presidente voltou a enfatizar que é contra as restrições no combate à pandemia do novo coronavírus. "O nosso governo joga dentro das quatro linhas da Constituição. Considera o direito de ir e vir, direito ao trabalho e o livre exercício aos cultos religiosos inegociáveis. Todos os nossos 22 ministros consideram o bem maior do nosso povo a sua liberdade", finalizou.
CONFIRA O PRONUNCIAMENTO
PANELAÇO
Durante todo o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, foi possível ouvir em vários bairros da região metropolitana do Recife um panelaço e gritos de 'fora Bolsonaro'.