Uma mulher de 32 anos, que está desempregada, prestou boletim de ocorrência na Delegacia de Peixinhos, em Olinda, nesta sexta-feira (9), após ser agredida por fiscais privados de uma empresa de ônibus no centro do Recife, nesta quinta-feira (8).
A agressão foi filmada por passageiros que estavam no ônibus. O episódio aconteceu no fim da tarde desta quinta-feira (8), no Centro do Recife, na linha 820 - TI Xambá (Cabugá), da Empresa Caxangá, uma das maiores do sistema de transporte público do Grande Recife.
Nas imagens, é possível ver a mulher já flagrada dentro do ônibus. Ela é orientada a descer, mas afronta o fiscal, que empurra a vítima para fora do coletivo. A passageira tenta entrar novamente no ônibus, mas é chutada pelo home. A violência provoca reação dos passageiros que estavam no veículo.
Após registrar um boletim de ocorrência na Delegacia de Peixinhos, em Olinda, a mulher, que não teve a identidade revelada, conversou com o repórter da Rádio Jornal/TV Jornal e contou que havia ido ao centro do Recife para fazer um bico como vendedora ambulante.
A vítima afirma que não tinha passagem de ônibus e pediu para embarcar sem pagar. “Eu subi pela porta da frente. Aí ela [uma fiscal] disse que ia me tirar do ônibus junto com os fiscais. Aí eu disse: ‘eu vou ficar na rua? Não tem como eu ficar na rua. Se vocês me tirarem, eu vou pular a catraca’. Foi na hora que eu pulei a catraca e ocorreu a agressividade toda contra mim”, narrou a mulher.
A mulher conta que está com dores no tórax e no abdômen por conta das agressões que sofreu.
O caso foi registrado pelo delegado Breno Barbosa.
Veja o vídeo:
Resposta da Caxangá
Por nota, a Caxangá repudiou a atitude do fiscal e a avaliou como inadmissível. “A Caxangá Empresa de Transporte Coletivo repudia a atitude da equipe de fiscalização que abordou uma passageira da linha 820 - TI Xambá (Cabugá) nesta quinta-feira (08). O comportamento é inadmissível e não condiz com os valores e práticas adotadas pela empresa. A Caxangá esclarece que já identificou a ocorrência através das câmeras de segurança do ônibus e instaurou sindicância interna para investigar o caso. As primeiras informações apontam que o fato foi iniciado quando uma fiscal tentou impedir o “pulo de catraca” da passageira no coletivo. A equipe de fiscalização que operava na linha foi prontamente afastada e permanecerá com suas atividades suspensas até a conclusão da apuração”.