Dores persistentes e intensas costumam ser as principais queixas dos pacientes acometidos pela chikungunya. Os casos da doença provocada pelo mosquito Aedes aegypti cresceram mais de 400% em Pernambuco, de janeiro a junho deste ano. Foram quase 4 mil casos da doença só nesse primeiro semestre. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, houve notificações de chikungunya em 111 dos 184 municípios do estado.
O fisioterapeuta Breno César, em entrevista ao Rádio Livre, nesta sexta-feira (23), dá dicas para aliviar a dor. “É importante a gente entender que as estruturas articulares se encontram inflamadas e por causa da inflamação há a presença de edemas e inchaços, por isso a gente recomenda a utilização do gelo durante 20 minutos, o que já vai auxiliar de forma significativa a redução do quadro de dor, pelo menos momentaneamente”, contou, acrescentando que a técnica pode ser aplicada em todas as partes do corpo.
Segundo Breno César, caso o paciente não se adapte ao tratamento com gelo, ele pode utilizar compressa com água quente para tentar aliviar a dor.
O profissional detalhou que as inflamações e as dores causadas pela doença costumam ser bilaterais. "É muito comum na chikungunya se um paciente sofre de dor em um punho automaticamente ele também vai sofrer no outro. Mas, geralmente, a dor repercute mais em um lado do que no outro. Nossa recomendação, nesse caso, é que esses pacientes comecem um trabalho em casa dessa articulação que está limitada e com dor”, orientou.
Segundo o fisioterapeuta, esses exercícios nas articulações não podem forçar muito e gerar mais dor. “Sempre respeite seu limiar de dor justamente para não piorar os sintomas”, reforçou.
De acordo Breno César, as dores podem durar até acima dos 4 anos. "Isso acontece porque partículas do vírus ainda se encontram instaladas nas articulações e aí, em determinados momentos, o paciente pode sentir ainda a presença da dor”, explicou.
O fisioterapeuta orienta que, em casos de dores crônicas, os pacientes precisam procurar um médico para realizar também tratamento farmacológico.
Ouça a entrevista completa:
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