O ex-ministro da Fazenda durante o governo de Michel Temer e atual secretário de Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles (PSD), concedeu entrevista ao Passando a Limpo, da Radio Jornal, nesta sexta-feira (03). Em conversa com os jornalistas Wagner Gomes, Maria Luiza Borges e Romoaldo de Souza, ele falou da retomada econômica durante a pandemia da covid-19, avaliou as estratégias atuais do Governo Federal para o setor da economia e também revelou a visão dele sobre o momento da política nacional, com a crescente divisão entre apoiadores da esquerda e direita.
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''A inflação é um problema grande e desnecessário. O que acontece é que o Brasil deveria estar em uma situação muito melhor. Devido a toda confusão, com o Governo Federal dizendo que vai parcelar as obrigações que tem, tudo isso gera uma preocupação muito grande. Algo que não deveria estar acontecendo. O aumento do preço dos alimentos, por exemplo, é por causa de todo esse tumulto, não só na área fiscal, mas no institucional (Supremo, Congresso e Governo)'', comentou o ex-ministro da Fazenda.
Preços mais caros
Vale lembrar que o político também foi candidato da situação à presidência da República na eleições de 2018. Através do Twitter, Henrique Meirelles costuma emitir opiniões sobre a situação econômica do Brasil. Recentemente, ele comentou sobre os dados financeiros do país do primeiro semestre de 2021, além da crise hídrica nacional que reflete na maneira de consumo dos brasileiros, como o aumento da conta de luz e a necessidade de economizar água.
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''O mundo inteiro começa a crescer, e o preço dos produtos vendidos pelo Brasil sobe em dólares. Normalmente, isso leva uma queda do dólar em relação ao real. Isso equilibra. Dessa vez, o dólar não cai. Isso faz com que subam os preços, como também o da gasolina. Um problema desnecessário, mas criado pelo Governo Federal', afirmou Henrique Meirelles em entrevista ao Passando a Limpo da Rádio Jornal.
O Banco Central possui os instrumentos para combater a inflação. Mas sem um plano claro de enfrentamento à crise hídrica, sem reformas e com seguidas ameaças à responsabilidade fiscal, esse desafio cresce exponencialmente.
— Henrique Meirelles (@meirelles) September 1, 2021