Auxílio emergencial

Prorrogação do auxílio emergencial até 2022: Veja o que se sabe sobre o assunto até o momento

Governo Federal indicou que pode prorrogar o pagamento do auxílio emergencial até o próximo ano

Gabriel dos Santos Araujo Dias
Gabriel dos Santos Araujo Dias
Publicado em 19/10/2021 às 11:39
Marcelo Camargo/ Agência Brasil
FOTO: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Mais de 40 milhões de brasileiros aguardam uma notícia até o final desta semana. Em meio ao aumento do desemprego, da fome e da pobreza no país, o que eles querem saber é se o auxílio emergencial, que vem sendo depositado desde os primeiros momentos da pandemia do novo coronavírus, será ou não estendido. Se sim, por quanto tempo? Visando as eleições do próximo ano e sem conseguir concretizar o reforço no Bolsa Família, que passaria a se chamar "Auxílio Brasil", o governo de Jair Bolsonaro já alertou que deve confirmar uma nova rodada de pagamentos ainda esta semana.

O alerta foi dado pelo próprio presidente Jair Bolsonaro na última segunda-feira (18). Em um evento em Minas Gerais, Bolsonaro disse: "Se Deus quiser, nós resolveremos a extensão do auxílio emergencial nesta semana".

Valor

Ainda não está claro o valor da possível nova rodada de pagamentos. No evento, Bolsonaro disse que já acertou a quantia com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e outros ministros do governo. Segundo o presidente, será um valor que dará "dignidade" aos necessitados. As parcelas da atual rodada do auxílio emergencial paga valores entre R$ 150 e R$ 375 a depender da composição familiar das famílias. No ano passado, as primeiras parcelas eram de R$ 600 para a maioria das famílias e de R$ 1.200 para famílias chefiadas por mulheres.

Quantas parcelas?

Também ainda não está claro em quantas parcelas seriam divididas a eventual nova rodada de pagamentos. Acredita-se que o governo pode tentar manter o pagamento até meados de 2022, quando haverá eleições e Bolsonaro deve tentar a reeleição. Reportagem do jornal O Estado de São Paulo confirmou com fontes que os pagamentos podem ir até o final do próximo ano.

O que Paulo Guedes diz?

Não é segredo que ministro da Economia, Paulo Guedes, não é entusiasta do pagamento do auxílio emergencial por muito mais tempo. A preocupação da equipe econômica do governo é que o pagamento do auxílio faça o governo exceder o teto de gastos, além de acreditar que a situação epidemiológica da pandemia já está melhor.

Apesar disso, pressionado pelo governo, o ministro deve ceder, segundo coluna de Carla Araújo, do portal UOL.