Mais de 70 lideranças se reuniram em um evento promovido pela Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomo e Celetistas, nessa quinta (28), e esvaziaram a agenda que a categoria tinha com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, para tratar de reivindicações do grupo, como o alto preço do diesel. Com o atrito entre os caminhoneiros e integrantes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), o movimento de greve ganha cada vez mais força.
É discutida uma nova paralisação na próxima segunda-feira (1º). Os caminhoneiros se sentem "traídos" pela falta de "empenho" de Bolsonaro e de Tarcísio para garantir demandas já antigas da categoria, que apoiou a eleição do presidente, em 2018. Após diversas altas consecutivas no valor dos combustíveis, a principal pauta do grupo é a mudança na política de preços da Petrobras.
Ao SBT News, o presidente da frente, deputado Nereu Crispim (PSL-RS), afirmou que ainda não há uma definição em torno da greve. No entanto, ressalta a união e a organização da categoria nos estados. Segundo ele, líderes têm se comunicado com maior frequência e parecem estar "convictos" de que é necessário pressionar o governo. Por outro lado, o parlamentar também cobrou o Executivo por mais diálogo com os caminhoneiros.
Para tentar reduzir o valor do diesel, o governador Wellington Dias (PT-PI), coordenador do Consórcio Nordeste, disse que, até sexta-feira (29), os governos estaduais vão tentar fechar uma proposta de congelamento do ICMS dos combustíveis, por 90 dias. Questionado se a medida surtiria efeito, Crispim disse que o sentimento é o mesmo: medidas paliativas, que não refletirão em todas as bombas do Brasil.
Além da mudança na política de preços da Petrobras, a categoria reivindica também a volta da aposentadoria especial, concedida depois de 25 anos de contribuições previdenciárias, e o piso mínimo de frete, que tem sido alvo de ações na Justiça.
Em comunicado conjunto divulgado nessa quinta-feira (28), 10 centrais sindicais, entre as quais a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical, manifestaram apoio à greve dos caminhoneiros, prevista para ser realizada na próxima segunda-feira (1º).
Para justificar o apoio ao ato agora, as entidades associativas afirmam que "os caminhoneiros, através das suas organizações, têm atuado para viabilizar as demandas e propostas há muito apresentadas e que não tem obtido retorno por parte do Governo Federal. Não só não há retorno, como os problemas têm se agravado".
Entre as pautas dos profissionais, desta vez, segundo as centrais sindicais, estariam a redução do preço do diesel, revisão da política de preços da Petrobras, piso mínimo de frete, retorno da aposentadoria especial com 25 anos de contribuição, aprovação do Marco Regulatório do Transporte Rodoviário de Carga, e criação e melhoria de pontos de parada e descanso.
As entidades acusam o governo de não atuar diante do aumento dos preços da energia elétrica e dos combustíveis e classificam a greve como uma luta "de todos os trabalhadores".
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