O boletim semanal Infogripe, divulgado nesta quinta-feira (11) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), indica a manutenção da tendência de aumento no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados a outros vírus respiratórios entre crianças (até 9 anos).
Segundo a Fiocruz, o cenário é diferente para a população adulta (20 anos ou mais): ainda há predomínio quase absoluto de diagnóstico de covid-19 entre os casos de SRAG com resultado laboratorial no país, e o número de novos casos semanais se mantém em situação de estabilidade.
A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 44, do dia 31 de outubro até o dia 6 de novembro.
Em 2021, entre as crianças, houve um aumento significativo de casos de vírus sincicial respiratório, o VSR, com registros semanais superiores aos de Sars-CoV-2 (da covid-19). A partir do mês de julho, aumentaram gradualmente também os casos de infecção por outros vírus respiratórios (Adenovírus, Bocavírus, Parainfluenza 3, Parainfluenza 4, entre outros).
De acordo com o boletim, sete unidades federativas apresentaram sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a semana analisada. São elas: Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Pará, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
Por outro lado, na maioria desses estados, o cenário de crescimento recente é compatível com oscilação em torno de um valor estável. A única exceção é o Rio Grande do Norte, com sinal de crescimento dos casos na população com idades entre 50 e 79 anos.
No estado de São Paulo, houve um aumento restrito à população infantil, também associada a casos por outros vírus respiratórios. Atualmente, esses outros vírus provocam mais casos de SRAG do que a covid-19 em crianças.
Quatro das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Curitiba, Manaus, Natal e Salvador. Assim como nos estados, a análise da evolução temporal sugere compatibilidade com oscilação em torno de patamar estável. Segundo a Fiocruz, apenas Natal tem cenário que exige maior atenção, embora o crescimento ainda seja lento.
Em 12 capitais, observa-se sinal de queda na tendência de longo prazo: Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Macapá, Maceió, Rio de Janeiro, São Paulo e Teresina.
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