Igreja Católica

Papa Francisco lamenta não ter ido à cúpula do clima em Glasgow

Ao invés do Papa Francisco, Vaticano foi representado pelo secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin

Agência Católica de Informações (ACI)
Agência Católica de Informações (ACI)
Publicado em 12/11/2021 às 7:26
Vatican News
FOTO: Vatican News

O papa Francisco lamentou por não ter podido participar da Cúpula das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas COP26, que está acontecendo em Glasgow, Escócia, desde 31 de outubro e termina amanhã, sexta-feira, 12 de novembro.

Numa carta enviada em 9 de novembro aos católicos escoceses e divulgada pela Santa Sé hoje, 11 de novembro, o papa diz que “esperava poder participar do encontro da COP26 em Glasgow e passar algum tempo, mesmo que breve, com vocês”.

A Santa Sé enviou uma delegação de alto nível à COP26 chefiada pelo secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin.

Em sua carta, o papa Francisco diz que está feliz porque hoje os católicos escoceses “se unem em oração pelas minhas intenções e por um resultado frutífero desse encontro, destinado a enfrentar uma das grandes questões morais de nosso tempo: a preservação da criação de Deus, que nos foi doada como um jardim para cultivar e como uma casa comum para a nossa família humana”.

Oração pela COP26

No dia 31 de outubro durante a oração do Ângelus no Vaticano para rezar pelos frutos da COP26, “para que o grito da Terra e o grito dos pobres seja ouvido; para que este encontro proporcione respostas eficazes que ofereçam esperança concreta às gerações futuras”.

Em sua carta aos católicos escoceses, o papa convida a implorar “os dons da sabedoria e força de Deus para aqueles que têm a tarefa de guiar a Comunidade internacional, à medida que procuram enfrentar esse sério desafio com decisões concretas inspiradas na responsabilidade para com as gerações presentes e futuras”.

Segundo o papa, “o tempo está se esgotando. Esta oportunidade não deve ser desperdiçada por medo de ter que enfrentar o julgamento de Deus por nossa incapacidade de sermos guardiões fiéis do mundo que Ele confiou aos nossos cuidados”.

A carta foi assinada e enviada aos fiéis escoceses no dia 9 de novembro, dia em que a Igreja celebrou a festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão como catedral do bispo de Roma. Este dia, que "simboliza a comunhão da Igreja na fé e na caridade com a Sé de Pedro", levou o papa a expressar aos católicos escoceses o seu “afeto no Senhor”.

O papa conclui a carta com um pedido particular aos católicos escoceses: “Rezem por mim e pelos meus irmãos bispos nesta festa da nossa comunhão ao serviço do Evangelho e da construção de uma Igreja unida”.

“Nestes tempos difíceis, que todos os seguidores de Cristo na Escócia renovem seu compromisso de serem testemunhas convincentes da alegria do Evangelho e de seu poder de levar luz e esperança a todos os esforços para construir um futuro de justiça, fraternidade e prosperidade, tanto material quanto espiritual”, concluiu o papa Francisco.