
O vulcão Cumbre Vieja completa dois meses de erupção, nesta sexta-feira (19). O presidente de La Palma, Mariano Hernández Zapata, afirmou, ao veículo regional El Objetivo, que a ilha viveu "os 60 dias mais difíceis da história", durante erupção do vulcão Cumbre Vieja, que deixou, pelo menos, 500 famílias desabrigadas e continua altamente ativo.
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1 terremoto a cada 5 minutos
Zapata afirmou que a ilha conseguiu um milhão de euros em doações e começa a se movimentar para ajudar os desalojados. No entanto, pede cautela, pois o vulcão continua em erupção e a ilha registra um terremoto a cada cinco minutos. "Não podemos baixar a guarda, a emergência ainda não acabou. Peço que continuemos a nos comportar como temos feito até agora", afirma.
David Calvo, do Instituto Vulcanológico das Ilhas Canárias, se disse preocupado com as próximas semanas. "O cone do vulcão é praticamente um ser vivo que muda constantemente. Estamos muito preocupados com uma nova fissura. (...) A Europa não enfrentava algo semelhante desde o Vesúvio, em 1944. Há muitas pessoas que tentam identificar onde ficava sua casa e não conseguem porque não há sobraram referências", conta.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca têm pedido extrema cautela aos trabalhadores que continuam trabalhando com manutenção agrícola, trabalhos de irrigação e corte de frutas nas áreas próximas à erupção vulcânica. O órgão pede que os agricultores se lembrem que sua segurança é mais importante, que as perdas de produção na área afetada serão recompensadas e será lançada uma linha de subsídio para cobrir os custos de reconstrução das infraestruturas danificadas.