IMUNIZAÇÃO

Na Rádio Jornal, diretor da Anvisa diz que CoronaVac pode chegar a crianças mais novas até março

Um dia após a Anvisa aprovar a imunização crianças e adolescentes de 6 a 17 anos com a CoronaVac, o diretor do órgão Alex Campos saiu em defesa da vacinação para o público infantil

Marcelo Aprígio
Marcelo Aprígio
Publicado em 21/01/2022 às 10:51 | Atualizado em 21/01/2022 às 18:36
Notícia
REPRODUÇÃO/CNN BRASIL
Alex Campos é titular da Quinta Diretoria da Anvisa - FOTO: REPRODUÇÃO/CNN BRASIL

Nesta sexta-feira (21), um dia após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar a liberação da CoronaVac para aplicação em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos, o diretor do órgão Alex Campos concedeu entrevista ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, e afirmou que crianças menores de seis anos podem receber o imunizante do Butantan até março.

“O estudo que está sendo conduzido pela Sinovac, envolvendo quatro países, deve ser concluído em março. Ocorrendo isso, e os dados sendo robustos, esta faixa etária pode ser abrangida também pela autorização do uso emergencial”, explicou Campos, que foi chefe de gabinete do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.

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Questionado sobre o que levou a Anvisa a não autorizar a imunização de crianças menores de seis anos com a CoronaVac, Alex Campos afirmou que a decisão tem por base os estudos apresentados pelos desenvolvedores da vacina produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

“O pedido do Butantan abrangia idades que iam de 3 a 17 anos, mas como a avaliação [para liberação] leva em conta estudos clínicos e de efetividade, bem como a avaliação de sociedades médicas, os estudos que tivemos acesso, inclusive os do Chile, apenas se circunscreviam à faixa etária de 6 a 17 anos”, disse ele.

“É importante destacar que a Anvisa só autoriza vacinas a partir da construção de um conjunto de evidências científicas, neste caso, também acadêmicas. Esse pedido da CoronaVac já foi impulsionado na Anvisa há alguns meses. É um processo que vem sendo amadurecido a partir dos estudos de fases 1 e 2”, contou ele.

“Existe, em curso também, um estudo de fase 3, envolvendo crianças, tocado pela Sinovac, que envolve também o Chile. Como esses estudos estão avançados no Chile, pois têm robustez, são estudos de efetividade, de vida real nas crianças chilenas, eles serviram de incremento no conjunto de evidências que o Butantan havia colecionado para o registro do uso emergencial para crianças”, completou.

Vacina é solução

Durante a entrevista, Alex Campos também defendeu a vacinação como caminho mais eficiente para deixarmos a pandemia de covid-19. Ele aconselhou ainda que as pessoas não deem atenção 'informações desencontradas da internet'. preciso vacinar as crianças. Aliás, a Anvisa se incorpora ao coro de que as pessoas se vacinem, se informem melhor, que não se pautem por informações desencontradas da internet, porque a vacina é a melhor solução para enfrentar a pandemia”, defendeu Campos.

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