A cidade de Petrópolis ainda não se reergueu da tragédia da semana passada, causada pela combinação da forte chuva e da ausência de um plano de prevenção contra este tipo de evento climático. Nesta terça-feira (22), quando se completam sete dias, 89 pessoas ainda estão desaparecidas.
O número de mortes confirmadas chegou a 182, informaram as autoridades locais na manhã desta terça. Um dos jovens que ainda é procurado é Gabriel da Rocha, de 17 anos. O rapaz aparece em um dos vídeos mais angustiantes da tragédia, junto a outros passageiros de dois ônibus que foram engolidos pelo rio Quitandinha.
A família do estudante procura incansavelmente. Infelizmente, sabem que as chances de encontrá-lo com vida são nulas. “Nunca imaginei que isso fosse acontecer. É uma sensação estranha porque você não tem notícias, você não sabe se está vivo ou morto. Não tem o corpo do meu filho. Tem horas que eu perco as esperanças, tem horas que ela volta, já que não tem o corpo. Mas com o passar dos dias, a tristeza aumenta”, diz a mãe de Gabriel, dona Luana Vila Real, ao portal G1.
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"Só um milagre para reverter essa história. Estou com o coração partido, mas sei que achar o Gabriel com vida, é muito remoto. Só um milagre mesmo”, lamenta.
Algumas famílias ainda procuram por parentes embaixo dos escombros. Há sete dias, a família de Eli José Soares de Menezes se reveza para encontrar o corpo de um dos moradores soterrados no Morro da Oficina. Ele estava com a esposa dentro de casa quando a lama invadiu a residência. O corpo da mulher já foi encontrado.
“Apesar de termos encontrado a minha mãe, seguimos na mesma situação, na ansiedade por encontrar meu pai e dar um enterro digno para ele. Acabar logo com isso”, disse a filha do casal, Priscilla Neves, de 38 anos.
Homenagem
Na segunda-feira (21), uma missa de 7º dia foi celebrada para rezar pelas vítimas da tragédia. A cerimônia foi conduzida pelo bispo da cidade, dom Gregório Paixão.
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