INSS

Valor da aposentadoria pode aumentar após decisão do STF; entenda

A revisão das aposentadorias pode custar R$ 46 bilhões aos cofres públicos, segundo estimativas do governo federal

Marcelo Aprígio
Marcelo Aprígio
Publicado em 25/02/2022 às 12:27
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José Cruz/Agência Brasil
Com a revisão dos benefícios, parte dos aposentados poderá aumentar seus rendimentos - FOTO: José Cruz/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que é constitucional a chamada "revisão da vida toda" dos aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Desta maneira, todas as contribuições previdenciárias feitas ao INSS pelos trabalhadores no período anterior a julho de 1994 podem ser consideradas no cálculo das aposentadorias. Com isso, parte dos aposentados poderá aumentar seus rendimentos.

A revisão desses benefícios pode custar R$ 46 bilhões aos cofres públicos, segundo estimativas do governo federal.

Atualmente, somente são considerados os recolhimentos feitos após esse período, o que por sua vez diminui o valor do benefício de muitos segurados.

Uma lei de 1999 trouxe novas regras para a aposentadoria e introduziu uma regra de transição que usava o marco de julho de 1994 por ser o momento de implantação do Plano Real para combater a hiperinflação.

Isso não quer dizer que todos que tenham contribuído antes de julho de 1994 serão beneficiados com a "revisão da vida toda".

Dependendo do caso, a correção pode baixar o valor da aposentadoria do segurado. Nessa situação, continua sendo aplicada a regra mais favorável ao trabalhador.

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Decisão do STF

Quando o julgamento começou, o relator, o ministro Marco Aurélio Mello, votou a favor da aplicação da regra mais favorável aos trabalhadores.

Em julho de 2021, ele se aposentou, mas seu voto continua válido. Em razão disso, o ministro André Mendonça, que o substituiu no STF após ser indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, não participa do julgamento.

Além de Marco Aurélio e Alexandre de Moraes, votaram da mesma forma os ministros Edson Fachin, Cármen Lúcia, Rosa Weber e Ricardo Lewandowski, totalizando seis.

Os cinco ministros contrários à "revisão da vida toda" foram Nunes Marques, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Luiz Fux.

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