Greve dos caminhoneiros

PARALISAÇÃO DOS CAMINHONEIROS: Líder da categoria diz que Brasil tem que parar contra aumento do combustível

Dedeco alega que estão usando a Guerra entre Rússia e Ucrânia como "desculpa para enriquecer ainda mais os donos da Petrobras".

Pedro Lima
Pedro Lima
Publicado em 10/03/2022 às 22:01
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Foto: ABr
Após novo aumento da Petrobrás, Líder dos caminhoneiros diz que Brasil deve parar - FOTO: Foto: ABr

Nesta quinta-feira (10), a Petrobrás anunciou o aumento do preço do diesel em 24,9%, da gasolina em 18,8% e do gás de cozinha em 16,1%.

Um dos líderes da greve dos caminhoneiros de 2018, Wanderlei Alves, o Dedeco, disse que o Brasil teria que parar em protesto contra esse novo aumento.

"Os caminhoneiros autônomos e os empresários de transporte têm que se unir e parar o país. Ninguém vai aguentar. As transportadoras que têm 500, mil caminhões, com milhares de funcionários para pagar, vão quebrar", declara Dedeco.

O caminhoneiro está no estado de Mato Grosso, lá, onde abasteceu para seguir viagem até Presidente Prudente, em São Paulo, ele disse ter pago R$6,8 o litro.

"E agora vai para mais de R$8", manifesta. De acordo com a estatal, as altas entram em vigor a partir de sexta-feira (11).

Dedeco alega que estão usando a Guerra entre Rússia e Ucrânia como "desculpa para enriquecer ainda mais os donos da Petrobras".

O líder diz que caminhoneiros e transportadoras são os primeiros a sentir o impacto do ajuste, mas rapidamente os preços repassados chegam ao consumidor "penalizando a população brasileira".

O que define o preço da gasolina?

A partir de 2016, sob o Governo Temer, o preço dos combustíveis passou a acompanhar o mercado internacional, quando foi implantada a política de paridade de importação. Essa política define o PPI (Preço de Paridade de Importação), valor calculado com base no preço da compra do combustível, no custo da logística e na margem para remunerar riscos à operação.

A cotação do dólar é outro fator determinante para a alta do combustível. Logo, períodos de instabilidade política pressionam os preços internos dos combustíveis, porque tendem a tornar o valor em real mais caro.

Greve dos caminhoneiros em 2018

Durante 10 dias, entre 21 maio e 1 de junho, o país parou, afinal, somos dependentes deste modal rodoviário, sem outra opção.

Naquela ocasião, motoristas fizeram bloqueio nas principais rodovias, impedindo caminhões que quisessem passar. Um caminhoneiro foi morto após ser atingido com uma pedrada na cabeça ao passar por protestos, em Vilhena-RO.

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