A sessão do júri popular do acidente de trânsito que matou três pessoas em novembro de 2017 no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife, foi suspensa e será retomada nesta quarta-feira (16), às 9h. Devem ser ouvidas no caso mais duas testemunhas.
O júri e a juíza de direito Fernanda Moura de Carvalho ouviram sete testemunhas nesta terça-feira (15) no Fórum Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra, região central do Recife.
Entre as testemunhas ouvidas na sessão, estavam amigos e a tia do acusado João Victor Ribeiro, motorista que provocou o acidente na Tamarineira.
O advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho também foi ouvido. Ele perdeu a esposa Maria Emília Guimarães da Mota Silveira e o filho Miguel Arruda da Mota Silveira Neto no acidente.
Além da esposa e do filho, a babá da família, Roseane Maria de Brito Souza, que estava grávida na época, também foi uma das vítimas.
A juíza Fernanda Moura de Carvalho decidiu por suspender a sessão, que será retomada amanhã às 9h. "Os jurados ficarão incomunicáveis, em um hotel, sob vigilância dos oficiais de justiça", complementou.
Na sessão desta terça-feira, o acusado se desesperou. João Victor pediu para ser morto, pediu desculpas pelo acidente. Ele foi retirado pelos policiais presentes na audiência.
A tia de João Victor, escutada como testemunha, disse que ele era "doente, de alcoolismo". "Foi um acidente. João Victor não saiu de casa jamais com a intenção de matar ninguém", continuou.
Tragédia da Tamarineira aconteceu há quase cinco anos
O caso aconteceu no dia 26 de novembro de 2017, no cruzamento entre a Rua Cônego Barata e a Estrada do Arraial, no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife.
Três pessoas morreram na tragédia: Maria Emília Guimarães da Mota Silveira, Miguel Arruda da Mota Silveira Neto e Roseane Maria de Brito Souza, que estava grávida na época.
O advogado Miguel da Motta Silveira e a filha Marcela Arruda da Mota Silveira sobreviveram ao acidente. Marcelinha, como ficou conhecida a filha de Miguel, teve sequelas do acidente de trânsito.