Manifestação política

TSE proíbe manifestações políticas no Lollapalooza; decisão atende pedido do partido de Bolsonaro

Pedido veio após a cantora Pabllo Vittar manifestar apoio ao ex-presidente Lula durante o show que realizou no Lollapalooza

Ana Roberta Amorim
Ana Roberta Amorim
Publicado em 27/03/2022 às 10:35 | Atualizado em 27/03/2022 às 15:54
Notícia
Foto: reprodução
Pabllo Vittar em apoio a Lula no Lollapalooza - FOTO: Foto: reprodução

O pedido feito pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, de serem proibidas as manifestações políticas que estão acontecendo no festival de música Lollapalooza foi atendido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A decisão foi do ministro do TSE Raul Araújo. O PL entrou com o pedido nesse sábado (26), quando a cantora Pabllo Vittar declarou publicamente apoio ao ex-presidente Lula durante o show que fez no festival.

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Decisão

Segundo o ministro, "a manifestação exteriorizada pelos artistas durante a participação no evento [...] caracteriza propaganda político-eleitoral", disse em sua decisão.

Com isso, qualquer "realização ou manifestação de propaganda eleitoral ostensiva e extemporânea em favor de qualquer candidato ou partido político por parte dos músicos e grupos musicais que se apresentem no festival" está proibida. O descumprimento pode acarretar uma cobrança de multa no valor de R$ 50 mil por ato.

 

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Manifestação política no Lollapolooza

Quando terminou o seu show no Lollapalooza, a cantora Pabllo Vittar gritou "Fora Bolsonaro" e levantou uma toalha que tinha a estampa do rosto do ex-presidente Lula.

Por causa disso, o PL, partido de Bolsonaro, entrou com um pedido no TSE afirmando que a atitude da cantora "fere inúmeros dispositivos legais".

"Eis porque a manifestação política em mais de um show, uma em absoluto desabono ao pré-candidato Jair Bolsonaro e outra em escancarada propaganda antecipada em favor de Luiz Inácio negativa e antecipada, além de promoverem verdadeiro showmício, sendo indiferente se o evento foi custeado pelo candidato ou se o mesmo esteve presente no ato", o partido afirmou no documento.

O partido de Bolsonaro destacou, ainda, que o público do Lollapalooza contou com 100 mil pessoas na sexta-feira, quando a cantora se manifestou. Assim, teria sido uma "reprodução inestimável das manifestações na internet," de forma que a propaganda fosse levada ao conhecimento "de um número altíssimo de eleitores, com sérios prejuízos à legitimidade do pleito vindouro".

O PL também pediu para que o TSE acionasse "de imediato" a organização do Lollapalooza, e proibisse a manifestação de qualquer tipo de propaganda eleitoral irregular antecipada ou negativa em favor ou desfavor de qualquer candidato.

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