
Não para de subir o número de pessoas que morreram em decorrência do caos instalado no Grande Recife desde sexta-feira (27) por causa da falta de estrutura para fortes chuvas.
Até o momento, há a confirmação de 91 mortes desde a quarta-feira da semana passada, dia 25 de maio. Há também 26 pessoas oficialmente desaparecidas. Os dados foram atualizados às 11h15 desta segunda-feira (30) pelo governo de Pernambuco.
A maioria das vítimas foi registrada a partir do sábado (28). De acordo com o governador Paulo Câmara, entre sexta e domingo (29), foram contabilizados 79 óbitos.
Mais sete corpos foram encontrados na manhã desta segunda-feira (30). Outras cinco pessoas haviam perdido a vida entre quarta e quinta-feira da semana passada.
A imensa maioria das mortes foi registrada em áreas de morro, onde houveram deslizamentos e os moradores de comunidades pobres morreram soterrados.
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OUTRAS MORTES E DESAPARECIDOS
Além dessas mortes já informadas oficialmente, ainda há 26 desaparecidos. Pela experiência em casos de resgates deste tipo, especialistas afirmam que é muito improvável que os socorristas consigam encontrar pessoas com vida nessas condições, o que deve elevar o número total de mortes para cerca de 100.
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TRAGÉDIA QUE SE REPETE
O Grande Recife foi - novamente - vítima da ausência de infraestrutura que minimize o impacto negativo de fortes chuvas na região. As cidades da região sofrem com deslizamentos e alagamentos desde quarta-feira da semana passada.
O local com o maior número de mortos é o Jardim Monte Verde, no Ibura. A região fica exatamente na divisa entre as cidades do Recife e de Jaboatão dos Guararapes. Houveram deslizamentos em áreas que pertencem à capital e em outras localizadas em Jaboatão. Nesta região, pelo menos 20 pessoas morreram.
Mortes também foram registradas nas cidades de Olinda e em Camaragibe.
Trata-se de um bairro pobre, com precárias condições sanitárias. A enxurrada de água e lama desceu e cobriu as causas, por falta de ações públicas que impedissem o desmoronamento dos morros.
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