O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), bateu o martelo sobre os rumos a serem trilhados pelo Metrô do Recife.
Segundo o blog de Jamildo, em meio a um debate sobre a estadualização e/ou privatização do modal de transporte, o gestor pernambucano realizou um encontro com o Sindmetro-PE para se posicionar sobre o tema.
Na conversa, o governador decidiu contra o processo de estadualização. A ideia inicial seria que esse movimento fosse sucedido pela privatização do serviço.
“Nosso objetivo é o metrô funcionando bem, não aceitamos a degradação do sistema feita pelo Governo Federal, que joga os usuários e a opinião pública contra o Estado de Pernambuco. O governo Federal não conversa com a gente. Não temos interesse de administrar o metrô", afirmou Paulo Câmara, segundo sindicalistas.
O chefe do Poder Executivo estadual também garantiu que, enquanto estiver no cargo, o Metrô do Recife não será administrado pelo governo de Pernambuco.
"Estou preocupado com o transporte metropolitano público e de qualidade, sei a importância do metrô, e até o último dia do governo, não vamos assinar nada. Vamos deixar um diagnóstico pronto, para cobrar do presidente eleito que tenha um olhar para o metrô, disse Paulo.
Nesta quinta-feira (26), às 10h, no Auditório do Edifício Sede Administrativo do STUREC, o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA-PE), e várias de entidades, lançam Fórum Permanente pela Mobilidade e em Defesa do Metro.
Ainda nesta quinta-feira (26), a partir das 18h, será realizada mais uma Assembleia Geral Extraordinária, onde a categoria promete decidir os rumos do Estado de Greve contra o que chamam de privatização do metrô.
O Estado é personagem essencial no caso de o Metrô do Recife passar a ser uma concessão pública, estratégia estudada pelo governo federal desde o fim de 2019 para todos os sistemas da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e da Trensurb (de Porto Alegre).
Por lei, a estadualização do sistema precede a transferência para operadores privados. Ou seja, a gestão precisa sair das mãos do governo federal para o de Pernambuco para, depois, virar uma concessão pública.
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