PRONUNCIAMENTO DE BOLSONARO

DISCURSO BOLSONARO AO VIVO HOJE: Veja o primeiro pronunciamento de BOLSONARO após a vitória de LULA nas Eleições 2022

Confira o pronunciamento de Bolsonaro após o silêncio de 44 horas depois da vitória de Lula nas Eleições 2022

Paloma Xavier
Paloma Xavier
Publicado em 01/11/2022 às 18:45
Notícia
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Bolsonaro se pronunciou 44 horas após a derrota nas urnas para seu principal adversário, Lula - FOTO: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Após 44 horas de silêncio, o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez o primeiro pronunciamento depois de perder as Eleições 2022 para o ex-presidente Lula (PT), seu principal adversário na disputa.

A imprensa foi convocada para pronunciamento do chefe do Executivo às 14h37 para um discurso previsto para 15h no hall de entrada do Palácio da Alvorada. No entanto, Bolsonaro só discursou às 16h37, deixando os repórteres esperando por uma fala que durou apenas dois minutos.

Ao finalmente quebrar o silêncio, Bolsonaro não mencionou a vitória de Lula e muito menos o parabenizou por vencer nas urnas, o que é uma clara quebra do protocolo de transição.

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Antes de iniciar o pronunciamento, Bolsonaro virou para Ciro Nogueira, o Chefe da Casa Civil, e disse: "Eles vão sentir saudade da gente, né?".

No discurso, o presidente disse que "manifestações pacíficas são bem-vindas", referindo-se aos bloqueios nas estradas promovidos por apoiadores desde o resultado das eleições, no domingo (30).

Bolsonaro pediu que as manifestações respeitassem o direito de ir e vir, mas chamou as ações de "movimentos populares" que seriam "fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral".

Apesar de não mencionar o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nem ministros da Corte, a fala foi um ataque às instituições e ao processo eleitoral.

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Bolsonaro mudou o tom do discurso e declarou que "nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir".

"Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais", afirmou.

"Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição", acrescentou.

Bolsonaro disse que, na cadeira de presidente da República até 31 de dezembro de 2022, continuará a "cumprir todos os mandamentos da Constituição".

Coube ao ministro Ciro Nogueira anunciar o início do processo de transição de governo. Os trabalhos serão coordenados pelo vice-presidente eleito, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB).

"A presidente do PT [Gleisi Hoffmann], segundo ela, em nome do presidente Lula, disse que na quinta será formalizado o nome do vice-presidente [eleito], Geraldo Alckmin. Aguardaremos que isso seja formalizado para cumprir a lei do nosso país", disse o ministro.

De acordo com o Blog do Noblat, Bolsonaro cogita deixar para Mourão a missão de passar a faixa da Presidência a Lula. A última vez que um presidente não compareceu à posse do sucessor foi há 37 anos.

O último presidente a se recusar a comparecer à posse do sucessor foi o general João Batista Figueiredo, ao fim da ditadura militar, em 1985. Ele passaria a faixa para Tancredo Neves, escolhido de forma indireta pelo Congresso Nacional no início da redemocratização do Brasil.

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Com informações do Uol

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