Brasília

Bolsonarista preso por bomba em caminhão no DF planejava 'impor estado de sítio'

De acordo com a polícia, ele confessou que tinha intenção de explodir o artefato no aeroporto Juscelino Kubitschek

Nathália Macêdo
Nathália Macêdo
Publicado em 25/12/2022 às 15:21
Notícia
Reprodução / Twitter
Arsenal encontrado pela Polícia Civil no apartamento do homem que tentou explodir um caminhão em Brasília ontem (24). - FOTO: Reprodução / Twitter

Em depoimento à Polícia Civil, neste domingo (25), George Washington de Oliveira Sousa afirmou que planejava ‘impor estado de sítio’ com explosões. O homem foi preso, neste sábado (24), após ser suspeito de ter montado um explosivo na Estrada Parque Aeroporto, próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília.

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Ainda no depoimento, o bolsonarista disse planejou, com manifestantes do QG (Quartel General) no Exército, a instalação de explosivos em pelo menos dois locais da capital federal.

Estado de sítio

O estado de sítio é um dispositivo burocrático definido pela nossa Constituição para ser exercido em momentos em que a ordem do Estado Democrático de Direito está gravemente ameaçada.

No Brasil, essa medida permite que o Executivo sobressaia-se aos outros poderes (Legislativo e Judiciário). O que poderia "provocar a intervenção das Forças Armadas".

Depoimento

O documento, que foi obtido e revelado pelo jornal Folha de S. Paulo, revela o plano de explodir parte das instalações elétricas de Brasília.

“Uma mulher desconhecida sugeriu aos manifestantes do QG que fosse instalada uma bomba na subestação de energia em Taguatinga para provocar a falta de eletricidade e dar início ao caos que levaria à decretação do estado de sítio”, contou George Washington no depoimento.

Caso

Segundo a polícia, George Washington é um empresário que viajou do Pará a Brasília para participar das manifestações em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

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George Washington Sousa, bolsonarista preso pela Polícia Civil por atentado em Brasília ontem (24). - Reprodução / Twitter

Com o homem, foram apreendidas um fuzil, duas espingardas, dois revólveres, centenas de munições, uniformes camuflados, três pistolas e outras cinco emulsões explosivas.

Ainda de acordo com a polícia, ele confessou que tinha intenção de explodir o artefato no aeroporto Juscelino Kubitschek.

Governo

O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, fez elogios à polícia pela operação. "Cumprimento da Polícia Civil do DF pela prisão e apreensões efetuadas nesta noite, com aparente ligação com o artefato explosivo desta manhã. Fotos mostram o terrível efeito do extremismo no Brasil. Que todos rezemos nesta noite pela paz", postou, no Twitter.

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