Da AFP
Líderes de vários países condenaram, neste domingo (8), o ataque de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional, ao Supremo Tribunal Federal e ao Palácio do Planalto, em Brasília, que alguns consideraram uma "tentativa de golpe de Estado" e "fascista", e expressaram seu apoio inabalável ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Confira as principais reações:
Estados Unidos
O presidente Joe Biden resumiu o ataque em uma palavra: "ultrajante". Seu assessor de Segurança Nacional, Jake Sullivan, disse que Washington "condena qualquer tentativa de fragilizar a democracia" e disse que Biden "acompanha de perto a situação". "Nosso apoio às instituições democráticas do Brasil é inabalável. A democracia do Brasil não será sacudida pela violência", destacou Sullivan no Twitter.
I condemn the assault on democracy and on the peaceful transfer of power in Brazil. Brazil’s democratic institutions have our full support and the will of the Brazilian people must not be undermined. I look forward to continuing to work with @LulaOficial.
— President Biden (@POTUS) January 8, 2023
Argentina
O presidente Alberto Fernández expressou solidariedade ao governo Lula "diante desta tentativa de golpe Estado" e, como presidente da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), convidou a região a se unir contra "a reação antidemocrática".
México
"Reprovável e antidemocrática a tentativa golpista dos conservadores do Brasil, estimulados pela cúpula do poder oligárquico, seus porta-vozes e fanáticos", disse o presidente esquerdista Andrés Manuel López Obrador na mesma plataforma.
"Lula não está sozinho, conta com o apoio das forças progressistas do seu país, do México, do continente americano e do mundo", acrescentou.
Colômbia
"O fascismo decide dar um golpe", tuitou o presidente colombiano, Gustavo Petro. "As direitas não puderam manter o pacto da não violência. É hora urgente de reunião da OEA se quiser continuar viva como instituição e aplicar a carta democrática", acrescentou.
Venezuela
Também no Twitter, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, rechaçou "de forma categórica a violência gerada pelos grupos neofascistas de Bolsonaro, que atacaram as instituições democráticas do Brasil" e declarou apoio a Lula e ao povo brasileiro, "que certamente se mobilizará em defesa da Paz e de seu presidente".
Chile
O presidente Gabriel Boric, também de esquerda, qualificou o ataque de "absurdo". O governo anunciou que está impulsionando, juntamente com outros países, uma sessão extraordinária do Conselho Permanente da OEA "para respaldar a democracia e o Estado de Direito no Brasil".
Cuba
"Incapazes de reconhecer uma vitória alternativa, os bolsonaristas do #Brasil são emuladores dos trumpistas que atacaram o Capitólio de #Washington. #NoAlGolpe [Não ao Golpe]. Solidariedade total a @LulaOficial", afirmou em um tuíte categórico o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, referindo-se ao ataque à sede do Congresso americano, em 2021, por apoiadores do ex-presidente Donald Trump.
Bolívia
"Os fascistas sempre vão tentar tomar à força o que não conseguiram nas urnas", destacou em um tuíte o presidente boliviano, Luis Arce, que também se declarou solidário a Lula.
Condenamos enérgicamente el asalto al Congreso, Palacio y Tribunal Supremo de #Brasil por parte de grupos antidemocráticos. Los fascistas siempre buscarán tomar por la fuerza lo que no lograron en las urnas. Nuestra solidaridad con el pueblo brasileño y el presidente @LulaOficial
— Luis Alberto Arce Catacora (Lucho Arce) (@LuchoXBolivia) January 8, 2023
Equador
O presidente Guillermo Lasso tachou no Twitter de "desrespeito e vandalismo" as ações executadas pelos apoiadores de Bolsonaro porque "atentam contra a ordem democrática e a segurança cidadã". Quito apoia Lula e seu governo, "legalmente constituído".
Peru
Através de sua chancelaria, o Peru condena o ataque e "qualquer tentativa de não reconhecer a legitimidade das eleições de outubro de 2022", vencidas por Lula, a quem expressa sua solidariedade.
República Dominicana
O mesmo tom foi adotado pela República Dominicana, cujo presidente, Luis Abinader, expressou "o mais enérgico repúdio e condena os atos injustificados de violência contra os poderes do Estado e da democracia no Brasil".
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OEA
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, condenou "o ataque às instituições em Brasília, o que constitui uma ação condenável e um atentado direto à democracia". "Estas ações são injustificáveis e de natureza fascista", afirmou em um tuíte.
CIDH
Em um texto em português, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) "repudia os ataques às instituições e a violência em Brasília" e qualifica os atos de "ataque à democracia".
"O direito de reunião deve ser pacífico, sem armas e com apego estrito ao Estado de Direito", insiste.
#Brasil???????? #CIDH repudia ataques às instituições e à violência em Brasília, que representa um atentado contra a democracia. O direito de reunião deve ser pacífico, sem armas e com estrito apego ao estado de direito. Todos os repensáveis devem ser investigados e sancionados. pic.twitter.com/cS0nHvZnUb
— CIDH - IACHR (@CIDH) January 8, 2023
UE
"Apoio total ao presidente Lula da Silva, democraticamente eleito por milhões de brasileiros após eleições justas e livres", afirmou o presidente do Conselho Europeu, o belga Charles Michel, no Twitter.
O chefe da diplomacia da União Europeia, o espanhol Josep Borrell, também declarou apoio a Lula, dizendo-se consternado" com esta "violência extremista".
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, disse estar "profundamente preocupada".
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Espanha
Em nota, o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, declarou que apoia "o governo democrático, eleito nas urnas" e condenou "a atuação dos grupos que se opõem aos resultados legítimos".
França
O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu "respeito às instituições" do Brasil e expressou o "apoio indefectível da França" a Lula.
A vontade do povo brasileiro e as instituições democráticas devem ser respeitadas! O Presidente @LulaOficial pode contar com o apoio incondicional da França.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) January 8, 2023
Itália
A chefe do governo italiano, Giorgia Meloni (extrema direita), considerou que "as imagens da invasão das sedes das instituições são incompatíveis com qualquer forma de desacordo democrático" e pediu "a volta à normalidade".
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