Zona humanitária internacional no sul de Gaza é anunciada por governo de Israel
Israel anuncia criação de zona humanitária internacional no sul da Faixa de Gaza. Agência da ONU alerta que proximidades já sofreram ataques aéreos israelenses

O governo de Israel anunciou nesta quarta-feira (18) a criação de uma zona humanitária internacional para os civis na região sul da Faixa de Gaza, em Al-Mawasi, próximo de Khan Younis.
O governo de Benjamin Netanyahu manteve a definição de que os palestinos devem sair da região norte da Faixa de Gaza em direção ao sul. A razão para escolher essa localização para a zona humanitária está relacionada ao desejo de esvaziar a área, que o Exército israelense relata que será alvo de fortes ataques em breve.
Essa decisão vem após vários dias de negociações envolvendo Egito, Brasil, Estados Unidos e outros países, com o objetivo de criar uma zona segura para os refugiados do conflito em Gaza entre Israel e o Hamas.
Apesar da solicitação para que os palestinos migrem para o sul da Faixa de Gaza, a agência da ONU para os refugiados palestinos relatou que Khan Younis e outros locais da região já foram atingidos por ataques aéreos, apesar do pedido para que as pessoas se desloquem para o sul da Faixa de Gaza.
A solicitação de migração de mais de 1 milhão de pessoas para a área sul foi condenada pela ONU, que prevê "consequências humanitárias devastadoras" devido à mobilização em massa em um curto período de tempo. Após o anúncio dessa determinação, aproximadamente 70 palestinos foram mortos em ataques aéreos israelenses enquanto tentavam se deslocar do norte para o sul.
A divulgação de uma zona humanitária ocorre um dia depois que um ataque a um dos hospitais da Faixa de Gaza matou ao menos 500 pessoas, a maioria crianças e mulheres. O Hamas responsabiliza Israel pelo ataque e chama as ações realizadas de "genocídio".
Israel prepara invasão de Gaza, devastada por bombas e com um milhão de deslocados
-
1 / 2
-
2 / 2