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Servidores da Abin de Bolsonaro passam por operação hoje (20) por invasão ilegal de celulares

Servidores da Abin são investigados por invasão ilegal de telefones durante o governo Bolsonaro e passam por operação nesta sexta (20)

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Cynara Maíra

Publicado em 20/10/2023 às 9:48
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A Polícia Federal deflagrou uma operação nesta sexta-feira (20) para investigar servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sob a suspeita de terem realizado invasões não autorizadas em redes telefônicas e dispositivos móveis durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Na época, a Abin estava sob a presidência de Alexandre Ramagem, que atualmente é deputado federal pelo PL-RJ.

A Polícia Federal está executando 25 mandados de busca e apreensão em diversos estados, incluindo São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. Essas ações foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e estão relacionadas ao inquérito das fake news.

Além disso, a TV Globo apurou que dois mandados de prisão preventiva foram emitidos contra funcionários que não apenas estariam envolvidos nas atividades ilegais dos sistemas, mas também teriam usado sua posição para coagir colegas e evitar possíveis demissões.

Foi utilizado o sistema FirstMile, adquirido com fundos públicos e desenvolvido por Israel, foi utilizado pelos servidores da Abin, permite monitorar 10 mil celulares a cada 12 meses, sem precisar de autorização judicial ou protocolo. O serviço foi adquirido com recursos públicos. Essa informação já havia sido divulgada pelo Jornal O Globo em março desse ano. 

O Ministro Alexandre de Moraes, do STF, ordenou o afastamento dos atuais diretores da Abin, que permaneciam na gestão Bolsonaro e não foram substituídos após a posse de Lula (PT). Importante destacar que tanto Ramagem quanto Jair Bolsonaro não estão sob investigação nesta operação.

A Abin é a agência de inteligência do Brasil encarregada de produzir relatórios sobre ameaças em potencial no país.

Segundo o que foi encontrado pela PF, servidores do órgão invadiram com o sistema de geolocalização citado diversas vezes redes de telefonias, sem autorização judicial. 

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