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Tarcísio de Freitas não foi vítima de atentado, garantem policiais militares; entenda tiroteio próximo a candidato em São Paulo

Policiais militares garantem que tiros não foram disparados por causa da presença de Tarcísio Gomes de Freitas em Paraisópolis; Candidato havia falado em atentado

Gabriel dos Santos
Gabriel dos Santos
Publicado em 18/10/2022 às 8:31 | Atualizado em 18/10/2022 às 12:01
Notícia
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, vai concorrer ao governo de São Paulo - FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Policiais militares que trabalham na comunidade de Paraisópolis, em São Paulo, garantem que o candidato ao governo do Estado Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) não foi vítima de um atentado. A apuração é do portal UOL

Na manhã de segunda-feira (17), Tarcísio estava em um ato de campanha quando aconteceu um tiroteio a cerca de 100 metros de distância de onde o candidato estava. Logo depois e antes que a motivação dos tiros fosse checada, bolsonaristas e o próprio Tarcísio se adiantaram em defender a hipótese de um atentado. 

Segundo agentes da alta cúpula da PM, incluindo membros da inteligência da corporação, ouvidos pelo UOL, os tiros não foram deflagrados por causa da presença de Tarcísio na comunidade - o que afasta a suspeita de que o candidato era alvo de criminosos. 

De acordo com fontes do UOL, duas hipóteses são as mais corretas para explicar o tiroteio. Confira:

Hipóteses para o tiroteio

  • 1ª hipótese: A primeira hipótese é de que policiais faziam uma ronda nas proximidades de onde a comitiva de Tarcísio passaria. Em dado momento, se depararam com criminosos e o tiroteio começou como forma de confronto entre policiais e bandidos.
  • 2ª hipótese: A segunda suspeita é semelhante à primeira. Neste caso, a possibilidade é de que a equipe de segurança de Tarcísio chegou à paisana no local e visualizou olheiros em uma rua próxima. Olheiros são membros de grupos criminosos que atuam como uma espécie de vigilantes e que avisam traficantes quando a polícia se aproxima. Os agentes à paisana, então, teriam avisado aos policiais, que foram até o local, localizaram os olheiros, e, a partir disso, começou a troca de tiros. 

Segundo as primeiras informações da Secretaria de Segurança, oito criminosos fortemente armados estavam nas proximidades. Eles portavam ao menos dois fuzis. 

PCC não fez ameaça a candidatos

O Ministério Público não tem registro de nenhuma ameaça do PCC (organização criminosa dominante em Paraisópolis) contra qualquer um dos candidatos ao governo de São Paulo. 

Oficialmente, por enquanto, a Secretaria de Segurança diz que não descarta nenhuma hipótese e investiga o caso. Câmeras acopladas no fardamento dos policiais também deverão ser checadas para explicar mais precisamente o que aconteceu. 

Vídeo mostra pânico durante tiroteio

"Rotina"

Moradores da região ouvidos pelo UOL também não acreditam em atentado contra Tarcísio e confirmam que troca de tiros entre policiais e bandidos é comum na comunidade.

"Virou uma situação rotineira, que os moradores de bem sempre são as vítimas. A entrada da polícia hoje não é algo fora do contexto diário que vivemos, um dos fatos que mais no chocou foi o massacre de Paraisópolis. Hoje é esquecido, não aconteceu nenhum atentado no dia de hoje, mas sim dia 1º de dezembro de 2019", disse o pastor e líder comunitário Igor Alexsander ao UOL. 

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