DANIELLA PEREZ

CASO DANIELLA PEREZ: atriz foi vítima de machismo mesmo depois de morta

Série documental da HBO Max relata a história do assassinato de Daniella Perez

Vitória Floro
Vitória Floro
Publicado em 22/07/2022 às 8:45 | Atualizado em 22/07/2022 às 8:46
Notícia
Reprodução/TV Globo
A atriz Daniella Perez / PAULA NOGUEIRA PEIXOTO ADVOGADA; DANIELLA PEREZ MORTA; COMO ESTÁ PAULA THOMAZ HOJE; QUEM MATOU DANIELLA PEREZ - FOTO: Reprodução/TV Globo

O caso envolvendo o assassinato da atriz Daniella Perez voltou a ganhar relevância após o lançamento da série documental Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez, que estreou nesta quinta (21) na HBO Max.

A produção toca em temas como o machismo que envolveu toda a situação da morte da filha de Glória Perez, retratando como até mesmo depois de morta, Danielle sofreu as consequências de ser uma mulher em uma sociedade patriarcal. 

O crime aconteceu na noite de 28 de dezembro de 1992, ela foi morta com 18 punhaladas e, ainda assim, aconteceram tentativas de culpabilização da vítima. O corpo foi encontrando em um matagal, na zona oeste do Rio de Janeiro.

No local do crime, foi encontrado o carro de Guilherme de Pádua, que contracenava com Danielle na novela De Corpo e Alma, e horas depois o ator confessou a autoria do assassinato. 

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Para a polícia, Pádua explicou que Daniela estava lhe assediando, mas ele não queria nada com ela, pois era casado. Também afirmou que havia sido ela quem o levou para o matagal, e, em legítima defesa, ele deu os golpes mortais. 

A típica estratégia de culpar a vítima foi um dos pilares usados na defesa do ator. "No julgamento, mostram as roupas da Daniella, você tem essa sensação real de 18 punhaladas, é uma coisa muito marcante. Como poderia ser uma legítima defesa e você dá 18 punhaladas numa pessoa?", questionou Guto Barra, diretor de Pacto Brutal, em entrevista ao Notícias da TV.

Ainda que o depoimento de Pádua não tenha sido sustentado por ele, que mudou a versão diversas vezes, nem oferecer provas ao júri, a narrativa de culpabilização da vítima já havia sido criada.

"Quando a vítima é a mulher, há sempre a história de que ela é ardilosa, levou o homem a fazer isso. Isso realmente é revoltante", falou Arthur Lavigne, advogado contratado pela família de Daniella justamente para defendê-la de acusações do tipo.

CONFIRA O TRAILER DE PACTO BRUTAL: O ASSASSINATO DE DANIELLA PEREZ

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