O pedido do Ministério Público de São Paulo à Justiça da falência da empresa Produtos Alimentícios Nacionais (Pan) fez com que muitas pessoas lembrassem dos famosos cigarrinhos de chocolate.
E não há como falar dos cigarrinhos de chocolate sem lembrar de Paulo Pompeia, rostinho que estampou as embalagens do produto.
Paulo Augusto Cruz, mais conhecido como Paulo Pompeia, foi um grande ator e artista brasileiro. Ele morreu em 2021 devido a uma cardiopatia congênita.
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A carreira de Paulo iniciou no circo, aos 11 anos de idade, como artista circense. Ele deu vida ao palhaço Berinjela na cidade de Pompeia (SP), local de onde acabou ganhando o apelido.
Durante o período de sucesso do palhaço Berinjela, a Chocolates Pan decidiu lançar um produto que dava às crianças a sensação de imitar os adultos. Na época, o hábito de fumar era considerado elegante.
Os doces tinham o mesmo formato de cigarros e eram vendidos em embalagem que pareciam um maço.
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Como o palhaço mirim era bem carismático, a empresa o recrutou para conquistar o público infantil nessa campanha. O produto logo fez sucesso, assim como Paulo Pompeia.
Curiosamente, Paulo nunca fumou e nem gostava do doce. O artista fez a revelação em 2017, em uma entrevista à Veja SP.
Depois de estampar as embalagens dos “cigarros de chocolate”, Paulo foi chamado para participar de mais trabalhos em circos, no rádio e na TV.
Aos 19 anos, o artista se mudou para a capital São Paulo, onde conciliou a carreira na aeronáutica e o início dos trabalhos no teatro. O rumo artístico foi mais próspero.
No seu currículo, constam trabalhos em mais de 40 peças, como "Lola Moreno", "Quase 84", "O Homem que Calculava", "O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá", "Laços Eternos", e "Robinson Crusoé".
Já na TV, Paulo passou por diversas emissoras: Manchete, Record e Cultura. Mas ele ficou mais conhecido por participações em novelas na década de 90 na TV Globo. Entre elas, "Perigosas Peruas", "O Mapa da Mina" e "Malhação".
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Em "Malhação", ele viveu 'Seu Santos' entre 1999 e 2001. A novela ficou no ar até janeiro de 2022 - a última temporada foi a reprise de Sonhos.
Nos anos 2000, Paulo apresentou o "Telecurso 2000" e foi diretor executivo do Sindicato dos Artistas e Técnicos de Espetáculos e Diversões Públicas (Sated) de São Paulo.
Já no cinema, o artista teve papéis nos filmes "Lula, o Filho do Brasil" (2009) e "Mário" (2018).
No final de sua vida, Paulo se afastou da carreira artística e frequentou, por oito anos, o Palacete dos Artistas - local que acolhe artistas aposentados e que passam por dificuldades financeiras ou não têm moradia.
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De acordo com sua sobrinha Paula Moura, o artista passou mal no apartamento em que morava. Paulo ainda foi socorrido, mas faleceu devido a uma cardiopatia congênita, em 2021.
Ele não teve filhos durante a vida, mas deixou uma irmã, um irmão, além de seus sobrinhos.
Com informações de Splash
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