O Olindão atualmente só faz receber o aumentativo em relação aos problemas. O Estádio, localizado no bairro de Jardim Brasil, em Olinda, foi inaugurado em 2008.
Construído com verbas da Prefeitura da Cidade e do Ministério dos Esportes, o "elefante branco" custou aos cofres públicos mais de R$ 1 milhão. Além da construção, o espaço foi reformado para ser reinaugurado pelo menos duas vezes, em 2010 e em 2013. A gestão atual não informou os valores gastos.
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O espaço está completamente abandonado, reflexo do vandalismo e do descaso das administrações municipais. Hoje ele é ponto de prostituição, consumo de drogas e assaltos. Saiba mais na reportagem de Leonardo Vasconcelos:
Com campo de terra batida, sem luxo nem arquibancadas, o Olindão simbolizou a vida esportiva de Olinda. Na década de 1960, quando era apenas um campinho, ele foi palco de campeonatos entre times amadores da cidade.
O aposentado Marcos Prado, de 65 anos, lembra com saudades dessa época. "Fui campeão pelo 10 de novembro em 1972 e 1974. Hoje meu sentimento é de tristeza. O sonho de quem jogou era continuar com o Olindão movimentado, com um campo bom", lamenta.
O gramado, que era bom, hoje nem existe mais. As cabines de imprensa estão destruídas e os vestiários foram quebrados. No chão, fezes por todos os lados. Durante a gravação, a equipe de reportagens flagrou vários jovens consumindo drogas tranquilamente.
O presidente da Liga de Desportos Olindense, Evanildo Santana, que administrava o espaço anteriormente, lamenta a destruição do espaço. "Depois que esse campo passou a ser um estádio, a liga e a comunidade perderam seu espaço", diz. "Hoje está aí, completo abandono, dinheiro jogado fora", desabafa.
O ex-jogador e secretário de Esportes de Olinda, Chiquinho, disse estar ciente das dificuldades. "Nesse orçamento que recebemos este ano, não conseguimos recurso suficiente para que possa ser feita a reforma", diz. De acordo com ele, uma reestruturação do Olindão começa em janeiro de 2018. "Essa primeira parte vai ser orçada em R$ 150 mil e será usada para a parte estrutural. A segunda será usada para o gramado", diz. "No máximo em dois ou três meses a gente espera entregar o estádio de volta à população", promete.
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