A bomba da dívida do Náutico com ex-técnico do clube Givanildo Oliveira estourou bem em uma fase difícil do futebol em todo o mundo: a pandemia do novo coronavírus. Situação essa que complica as finanças do clube que teve uma queda no faturamento de receitas e conta apenas com o quadro de sócios como fonte de renda durante essa paralisação e distanciamento social.
Por se tratar de uma dívida que não foi feita pela atual gestão comandada por Edno Melo, o presidente desabafou em entrevista para Ralph de Carvalho, da Rádio Jornal, sobre a irresponsabilidade financeira causada por gestões passadas, apesar de ainda não ter sido notificado pela ação movida por Givanildo.
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“O Náutico não foi notificado oficialmente ainda, mas a gente sabe que existe. E quando acontece um caso desse, eu clamo a torcida para ter paciência com o futebol, para não cometermos os mesmos erros que, se no passado tivesse o zelo de contratar e pagar, não estaríamos passando esse momento vexatório. Claro que vamos negociar com Givanildo. O Náutico tem um passado muito ruim. As duras penas a gente vem pagando, vem se sacrificando, tirando dinheiro da onde não tem para quitar situações. Eu garanto que esse caso a gente vai procurar resolver. Não é um caso isolado. Nós fazemos planejamento, mas ainda assim somos pegos de surpresa”, disse o presidente.
Givanildo foi contratado pelo Náutico em 2016 para tentar o acesso para à Série A, mas não teve êxito no trabalho e não continuou no ano seguinte. Agora a diretoria do Timbu trabalha para negociar um acordo com o “Rei do Acesso”.
Ação movida por Givanildo não é a única “herança” deixada para a atual gestão do Náutico. Segundo Edno Melo, o clube já negociou vários outros processos trabalhistas para evitar leilões dos bens alvirrubros.
“A garagem do Remo tem várias penhoras, não só a de Givanildo. A partir do momento em que a sede deixou de ser interessante, passando a ser patrimônio material, passa não ter interesse nenhum de arremate da sede e acaba que o único bem que o náutico tem é a Garagem do Remo. Existe uma série de processos. Givanildo foi contratado no final de 2016 e não foi pago absolutamente nada. Antes dele tivemos vários acordos que a gente teve que tirar de leilão, a Sede principalmente. São vários processos trabalhista e trabalhamos dia a dia para diminuir isso”, completou.
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