Tudo começou com um comentário feito pelo cantor Zé Neto, da dupla com Cristiano, durante um show dos artistas.
Em um momento de empolgação durante uma apresentação feita no inicio de maio, na cidade de Sorriso, no Mato Grosso, ele resolveu alfinetar a cantora Anitta.
"Nós somos artistas que não dependemos de Lei Rouanet. Nosso cachê quem paga é o povo. A gente não precisa fazer tatuagem no toba para mostrar se a gente está bem ou mal. A gente simplesmente vem aqui e canta, e o Brasil inteiro canta com a gente", declarou.
O comentário, embora não tenha citado a funkeira diretamente, fez uma relação com a tatuagem realizada em uma região íntima.
Anitta viralizou nas redes após fazer uma tatuagem no ânus. A cantora abordou o assunto em suas redes sociais e chegou a postar um vídeo retocando o desenho no OnlyFans, plataforma de conteúdo adulto.
Não demorou muito para que os fãs da cantora começassem a repercutir o assunto na internet, chateados com a provocação sem motivo feita pelo sertanejo.
Ainda que Zé Neto tenha vindo a público, momentos depois, dizer que "não citou nome de ninguém" e se desculpar, classificando a manifestação como "infeliz", o tópico sobre uso de verbas públicas para contratação de shows, especialmente os shows sertanejos, seguiu circulando nas redes como forma de rebater o que ele teria dito no show.
.
- Após polêmica com Anitta, Zé Neto, da dupla com Cristiano, é detonado nos bastidores da música sertaneja; entenda
- Zé Neto 'invade' live de Gusttavo Lima e tenta impedir cantor de se explicar sobre polêmica envolvendo Anitta
- Zé Neto, cantor que criticou tatuagem íntima de Anitta, ganhou fãs após publicar fotos com volumão em sunga; relembre
COMO TUDO ISSO CHEGOU EM GUSTTAVO LIMA?
Não demorou muito para que internautas achassem registros de sertanejos que possuíam contratações em eventos financiados por prefeituras, logo, usando verba pública para ganhar seus cachês.
Gusttavo Lima foi um dos artistas mencionados e, em 25 de maio, o Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) abriu investigação sobre a contratação do artista na cidade de São Luiz (RR), com cachê fixado em R$ 800 mil.
O preço cobrado pelo show chamou atenção do órgão, visto que a população do município é estimada em 8.232 pessoas.
Dessa forma, dividindo o pagamento pelo número de habitantes, cada cidadão estaria pagando cerca de R$ 97 pelo show.
CACHÊ MILIONÁRIO
As polêmicas envolvendo os valores cobrados por Gusttavo Lima para shows financiados com dinheiro público não param em São Luiz (RR).
O cantor também está sendo investigado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) após ter assinado um contrato em 11 de abril, no valor de R$ 1,2 milhão, para fazer parte da programação de uma festividade organizada pela pela prefeitura de Conceição do Mato Dentro (MG).
Diante da repercussão gerada após a divulgação do valor pago pela apresentação, a prefeitura da cidade cancelou a participação do artista e explicou que o motivo seria "guerra política e partidária que não tem nenhuma ligação com o município e nem tampouco com a tradicional festa" que homenageia o Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos.
TERCEIRA INVESTIGAÇÃO É ABERTA
Na segunda-feira (30), o Ministério Público do Rio de Janeiro também abriu um inquérito para apurar se ocorreram irregularidades no processo de contratação de Gusttavo Lima para um show em Magé (RJ).O preço cobrado para o evento foi de R$ 1 milhão.
.
Ainda que o ato da contratação não seja, por si só, ilegal, o valor do cachê chamou atenção do MP. Isso porque, a quantia é dez vezes maior do que o valor que a Prefeitura de Magé deve investir em atividades artísticas e culturais durante todo o ano.
Comentários