O desdobramento das investigações da Operação Lava Jato, que apura a corrupção da Petrobrás, bateu na porta de três senadores, um deputado federal, um ex-deputado, o ex-ministro das cidades e o filho do Presidente Tribunal de Contas da União nessa terça-feira (14).
Aqueles que se manifestaram negaram qualquer envolvimento nas denúncias e falaram em constrangimento e tristeza. Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) falou à reportagem da Rádio Jornal que considerava a operação exagerada: "O resultado dessas diligências foram para recolher documentos que poderiam ter sido solicitados", disse.
O nome de Fernando Bezerra Coelho foi citado pelo ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, afirmando que havia recebido um pedido de R$ 20 milhões para a campanha do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos: "Eu não solicitei nem peguei nem recebi recursos de qualquer espécie ou de qualquer natureza em relação a esse caso e a esse episódio que está sendo alvo de investigação", disse.
Em Brasília, a Polícia Federal foi ao apartamento cedido pelo Senado ao Senador Fernando Collor de Melo e encontrou resistência. O Chefe da Polícia do Senado, Pedro Carvalho, alegou que a Polícia Federal não apresentou documentação. Na "casa da dinda", onde Collor mora desde que era presidente da república, a PF levou três carros de luxo estimados em R$ 3 milhões, valor semelhante ao que o doleiro Alberto Youssef alegou que o Senador teria recebido de propina de um negócio da BR distribuidora, uma empresa da Petrobrás, o que Collor nega.
O Presidente do Senado, Renan Calheiros, repudiou a ação da Polícia Federal, dizendo que casa de Senador não pode ser violada. Em nota, o Senador Ciro Nogueira, presidente Nacional do PP, se disse tranquilo e falou que aguardava o desenrolar das investigações. Já o líder do PP, Eduardo da Fonte, não atendeu os telefonemas e avisou, através da assessoria de imprensa, que está à disposição da justiça para prestar todos os esclarecimentos.
O ex-deputado e ex-ministro das cidades, Mário Negromonte, negou qualquer envolvimento no esquema. O procurador geral da república, Rodrigo Janot, falou que as medidas foram necessárias para o esclarecimento dos fatos investigados.
Confira o comentário diário de Romoaldo de Souza, repórter da Rádio Jornal em Brasília, publicado no Redator de Plantão desta quarta-feira (15). O programa é transmitido da segunda ao sábado, das 6h às 6h45:
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