Pernambucanos presos na Lava Jato estavam com passagens compradas para Portugal

Segundo o MP, o fato de dois detidos estarem indo para Portugal não significa que havia uma fuga programada
Rádio Jornal
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Publicado em 27/07/2017 às 12:14


Os dois publicitários pernambucanos que foram presos, nesta quinta-feira (27), durante a 42ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Cobra, já estavam com passagens compradas para Portugal. André Gustavo Vieira da Silva já estava no portão de embarque do Aeroporto do Recife quando foi preso. Já Antônio Carlos Vieira da Silva Júnior, viajaria nesta sexta. Ambos estão sendo transportados a Curitiba.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), André Gustavo foi o responsável pelo pagamento da propina de R$ 3 milhões para o ex-presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, que também foi preso nesta manha e também tinha passagem, só de ida. Ainda de acordo com o MP, o fato de dois detidos estarem indo para Portugal não significa que havia uma fuga programada. André Gustavo tem negócios consolidados em Portugal, enquanto Bendine tem cidadania italiana. Não há indícios que de tenha ocorrido vazamento da operação, fazendo com que os suspeitos deixassem o País.

Saiba mais na reportagem de Rafael Carneiro

André Gustavo fez o pagamento do valor em três parcelas em São Paulo. O local escolhido para os pagamentos foi o apartamento do outro publicitário, Antônio Carlos Vieira da Silva Junior, na capital paulista. Os dois publicitários são irmãos e sócios de uma agência publicitária no Recife. Também já trabalharam em campanhas políticas em Portugal, nos anos de 2011 e 2015.

O valor pago através do propina ainda não foi recuperado e não foi apontado o destino do dinheiro.

Publicitários foram operadores da propina

O Ministério Público Federal suspeitou da operação ilegal porque os publicitários fizeram o recolhimento de impostos de um suposto serviço de consultoria apenas em 2017. A propina foi paga em 2015, segundo o órgão.

"Para o Ministério Público, a recolhida de imposto significa uma tentativa de lubridiar as investigações e obstruir a Justiça", disse o procurador da República Athayde Ribeiro Costa.

Os envolvidos na Operação Cobra tentaram destruir as provas existentes para o pagamento de propina. A comunicação entre eles era feita através de um aplicativo de celular que apagava as mensagens assim que lidas. No entanto, as investigações encontram a comunicação em arquivos de nuvem.

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