VIOLÊNCIA SEXUAL

Pastor aproveitava os encontros dominicais para abusar de crianças

O pastor Valdênio Gomes da Silva, de 52 anos, é acusado de ter estuprado, ao menos, quatro crianças

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 16/04/2018 às 14:35
Foto: Divulgação/ Polícia Civil
FOTO: Foto: Divulgação/ Polícia Civil

A Polícia Civil apresentou nesta segunda-feira (16) os detalhes da prisão de dois suspeitos de abusar sexualmente de crianças e adolescentes. As duas prisões aconteceram na última sexta-feira (13). A primeira ocorreu no bairro da Cohab, na Zona Sul do Recife, o pastor Valdênio Gomes da Silva, de 52 anos, é acusado de estuprar quatro crianças. As vítimas tinham entre sete e onze anos.

De acordo com o delegado gestor do Departamento Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), Darlson Freire, as vítimas foram ouvidas através de um trabalho especial com uma equipe de psicólogos. O delegado detalha como o líder religioso cometeu os crimes. “Ele aproveitava-se de encontros dominicais que ele realizava sob o pretexto de evangelizar essas crianças e durante atividade de recreação ele as levava para uma piscina e praticava os abusos”, contou.

A Polícia Civil também está investigando a denúncia de outras três possíveis vítimas do pastor.

Professor preso

Já a segunda prisão foi a do professor de inglês Rafael Carneiro, suspeito de abusar e corromper duas adolescentes, uma de 14 e outra de 15 anos. O crime acontecia quando ele dava aulas particulares para as adolescentes na casa dele, em Olinda, no Grande Recife.

Com o suspeito, foram apreendidos vídeos e fotos dos atos. Segundo o delegado seccional de Olinda, Gilmar Rodrigues, o professor premeditou cada passo para cometer o crime. "Sabia claramente o que estava fazendo. Conhecia as meninas, os problemas familiares e atraiu para a casa dele (...) Ele disse na delegacia que estudou o código penal", explicou.

O professor já havia sido demitido em 2016 de uma escola por causa da denúncia de uma aluna. A polícia também está investigando a participação da esposa de Rafael, uma vez que nos materiais apreendidos a mulher do educador participava dos atos.