MANIFESTAÇÃO

Filho de Ugiette agradece apoio durante ato em defesa do promotor

Grupo formado por familiares e amigos realizou um protesto em frente ao Ministério Público de Pernambuco em defesa do promotor Marcellus Ugiette

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 17/08/2018 às 16:04
Rafael Carneiro/ Rádio Jornal
FOTO: Rafael Carneiro/ Rádio Jornal

Em manifestação de apoio ao promotor Marcellus Ugiette, advogados, agentes penitenciários, amigos e familiares participaram de uma manifestação em frente ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), na Avenida Visconde de Suassuna, na área central do Recife. O filho, Diego Ugiette, agradeceu o apoio que a família vem recebendo. “Isso é o reconhecimento de uma pessoa que entregou 30 anos de serviços à profissão dele, ao Ministério Público”, disse.

Sob o sol forte da manhã desta sexta-feira, o grupo utilizou camisas, apitos, cartazes e faixas de apoio ao promotor, que está afastado da Vara de Execuções Penais, acusado de corrupção passiva. A suspeita surgiu após operação da Polícia Civil de favorecimento a advogados de detentos na transferência de clientes entre presídios.

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A advogada criminal Conceição Jenssen acredita na inocência do colega. “Eu me propus a ajudar porque eu conheço Marcellus Ugiette o tempo que eu tenho de formada”, disse.

O protesto, ainda circulou ruas próximas ao prédio sede das promotorias do Estado, local onde o promotor Marcellus Ugiette foi interrogado por quase 10 horas na última quarta-feira (15).

Os detalhes na reportagem de Rafael Carneiro:

Denúncias

O promotor de justiça Marcellus Ugiette, que está afastado por 60 dias da Vara de Execuções Penais, virou alvo de uma investigação da Polícia Civil, deflagrada no dia 3 de agosto. A suspeita é de que o promotor tenha praticado crime de corrupção passiva.

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Pernambuco, Ricardo Lapenda, explicou que a organização criminosa de estelionatários que o promotor Marcellus Ugiette faria parte tinha atuação dentro e fora dos presídios. A quadrilha estava atuando a mando dos reeducandos e, segundo a investigação, o promotor beneficiava alguns presos.

O ministério público deu um prazo até o próximo dia 31 de agosto para concluir a análise dos processos que estavam sob a responsabilidade dele.