RECUPERAÇÃO

No momento, eu achei que era um soco apenas, diz Bolsonaro após facada

Transmissão ao vivo foi feita no Facebook do candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, que agradeceu o apoio que tem recebido

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 16/09/2018 às 17:22
Reprodução/ Facebook
FOTO: Reprodução/ Facebook

O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) foi transferido na manhã deste domingo (16) para uma unidade de cuidados semi-intensivos, segundo boletim divulgado pelo Hospital Israelita Albert Einstein. Ele recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde estava desde a última quarta-feira (12), quando foi submetido a uma cirurgia de emergência para tratar uma aderência que obstruía o intestino delgado.

Horas depois da transferência, Bolsonaro fez um transmissão ao vivo de cerca de 20 minutos onde falou para os eleitores. O candidato agradeceu o apoio que vem recebendo e falou que, no momento do ataque, pensou ter recebido apenas um soco. "No momento, eu achei que era um soco apenas na boca do estômago. O tempo foi passando e vimos que era mais grave", disse.

Jair Bolsonaro aproveitou ainda para fazer campanha e disse que a preocupação maior agora nesse momento é com o futuro do país. Ele atacou o PT e criticou os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff.

Veja a live completa:

De acordo com o comunicado, a evolução de Bolsonaro é boa e ele continua sem febre. A alimentação ainda está sendo feita por via endovenosa. O candidato está sendo submetido a medidas de prevenção de trombose e fisioterapia respiratória e motora.

Bolsonaro sofreu uma facada durante um ato de campanha no último dia 6, em Juiz de Fora (MG) . Após ter sido atendido na Santa Casa da cidade, onde chegou a passar por uma primeira cirurgia, ele foi transferido, a pedido da família, para o Hospital Albert Einstein, na capital paulista, na manhã do dia 7.

Investigações

As investigações sobre o caso são mantidas em sigilo e seguem duas frentes. Na primeira, o agressor teria agido por motivações pessoais, e, na segunda, haveria conexões, com participação de outras pessoas.

Nas investigações, a primeira linha se baseia na apuração de que Adélio Bispo, o agressor confesso, cometeu a ação motivado por questões políticas e religiosas. Quatro telefones celulares e um laptop dele são analisados pelos policiais. Há também informações sobre a existência de um cartão de crédito internacional.

A segunda linha de investigações considera as demais possibilidades: participação de mais pessoais no ato e suspeitas diferentes das alegadas por Adélio nos seus depoimentos à polícia.

Há ainda a possibilidade de a Polícia Civil de Minas Gerais assumir o comando das investigações em substituição à Polícia Federal. Um promotor de Juiz de Fora, onde ocorreu o crime, pediu ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais que a questão seja avaliada.