Na segunda reportagem da série “Venezuela Pernambucana: de refugiados a cidadãos” o assunto é o sofrimento da viagem dos venezuelnos para o Brasil e os primeiros dias no País. Você vai conhecer a história do homem que andou mais de 200 quilômetros com a esposa e cinco filhos pequenos em três dias para chegar até a capital de Roraima. A reportagem é de Leonardo Vasconcelos com produção de Camila Brandão.
Todos os venezuelanos que fugiram para o Brasil tiveram que superar grandes obstáculos, mas uma família em especial enfrentou literalmente uma longa estrada para chegar ao nosso país. Maudis Arzola, de 31 anos, é casado com Milagros Salazar, de 28. O casal tem cinco filhos: Daniela, de 6 anos, Emelys, de 9, Moisés, de 11, Mileydis, de 13, e Jesus, de 15 anos. Maudis trabalhava como motorista de caminhão de lixo na Venezuela, mas o que ganhava mal dava para sustentar a família.
A decisão de deixar a Venezuela não foi fácil, mas era necessária. "Tomamos esse decisão sem saber o que nos esperava adiante. Nos contavam que saiam tigres e leões pela estrada. E eu olhei para os meus filhos e lhes perguntei: "estão dispostos?". E me responderam: "sim papai". Então vamos, vamos a pé", lembra.
Junto com a esposa e os cinco filhos, Maudis atravessou a fronteira até Pacaraima, em Roraima. De lá caminharam 215 quilômetros em uma estrada durante três dias até a capital Boa Vista. "Saíamos às 6h da manhã e ficávamos até às 17h caminhando com meus filhos. Só sentávamos na estrada para comer uma banana ou um pão com mortadela", diz. Para tornar o caminho menos penoso para os filhos, Milagros lembra que cantava para eles.
Juntos eles vieram para Pernambuco e deixaram a tristeza para trás. Em Igarassu, a família só quer saber de motivos para sorrir. Um deles foi o aniversário de quinze anos do filho mais velho, Jesus, que permaneceu ao lado do pai até o fim da caminhada. O garoto estava alegre em comemorar a nova idade em um novo País.
Jesus tem fé que ainda pode ganhar um presente. Mais do que um presente a família quer um futuro, como explica Milagros. Ela sonha em conseguir um emprego como doméstica ou simplesmente um carrinho para vender os bolos e sopas que faz.
Depois de ter sofrido tanto com a sua família, Maudis só deseja dar uma vida digna a ela. "Eu estou disposto a trabalhar com jardinagem, ajudante de armazém, qualquer coisa", disse. Queremos trabalho porque nós somos trabalhadores", completou.
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