A Polícia Civil divulgou, na manhã desta sexta-feira (8), o retrato falado do homem suspeito de ser o autor das agulhadas em foliões durante o Carnaval do Recife e de Oinda. Através do trabalho dos peritos papiloscopistas, a polícia conseguiu fazer o retrato falado do suspeito. Cinco pessoas haviam procurado a Unidade Móvel que a Polícia Civil instalou, na quinta-feira (7), no Hospital Correia Picanço, no bairro da Tamarineira, local em que os foliões picados foram para fazer tratamento. Das vítimas, apenas uma conseguiu descrever a fisionomia que gerou o retrato falado, duas foram enfáticas ao afirmar que foram perfuradas por seringa, informando dia e o local, as três demais disseram que procuraram a unidade móvel após a divulgação dos casos.
Joselito Amaral, chefe da Polícia Civil, comenta as investigações. "Ainda há uma discrepância muito grande das pessoas que procuraram a rede pública de saúde, especial o Hospital Correia Picanço. Nós temos um número que ultrapassa as 100 pessoas. Apesar da instalação de uma delegacia móvel, nós tivemos apenas cinco registros, e uma das vítimas visualizou o autor e foi de fundamental importância. Conseguimos formar um rosto após um depoimento de três horas."
Joselito afirma ainda que a polícia ainda não descarta a participação de outras pessoas. "Eu conclamo as vítimas que, após a profilaxia, auxiliem a polícia. É de fundamental importância, sobretudo aquelas que visualizaram, que compareçam e nos auxiliem na confecção do retrato falado ou, se por ventura, reconhecerem a pessoa do retrato falado, que nos procurem para falar e formalizar essa ocorrência."
Quem tiver qualquer informação sobre o caso que ajude a polícia pode ligar para a Coordenação de Plantões está com o telefone 3182.6091 disponível para receber denúncias da população e que a Unidade Móvel continuará instalada no referido hospital para atender possíveis vítimas.
O crime de expor a vida de outra pessoa a risco por transmissão de moléstia grave, previsto no artigo 131 do Código Penal Brasileiro, prevê pena de reclusão em regime fechado, de até quatro anos, não descartando a hipótese do cometimento de crimes ainda mais graves.
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