INVESTIGAÇÃO

Mais de 30 pessoas serão indiciadas por tragédia em Milagres

A tragédia de Milagres aconteceu na madrugada de 7 de dezembro de 2018

Pedro Guilhermino Alves Neto
Pedro Guilhermino Alves Neto
Publicado em 08/04/2019 às 14:42
Foto: Reprodução/ Facebook
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A notícia que mais de 30 pessoas serão indiciadas pela tragédia de Milagres, no Ceará, surpreendeu familiares de João Magalhães. Ele foi assassinado juntamente com outros quatro familiares. O caso teve início com uma tentativa de assalto ao Bradesco e ao Banco do Brasil (BB) ocorrida na madrugada de 7 de dezembro do ano passado e terminou com 14 mortes - entre as vítimas, seis reféns, sendo cinco de uma mesma família de Serra Talhada, Sertão de Pernambuco.

Daniel Magalhães, irmão do empresário assassinado João Magalhães, se mostrou surpreso com a quantidade de pessoas indiciadas e questionou o serviço de inteligência da Polícia Cearense. “Eu jamais imaginaria que tantas pessoas que estão ali para defender a sociedade estivessem envolvidas numa situação tão desastrosa como essa. Para mim é muita surpresa”, disse.

Confira os detalhes na matéria de Anderson Tennes:

De acordo com o irmão, até hoje a família não recebeu nenhum pedido de desculpas nem a assistência do governo cearense e lamentou também a falta de atenção do governo de Pernambuco. “A gente não tem, até hoje, se quer uma ligação ou um papel por escrito com pelo menos um pedido de desculpas por parte do governo do Ceará ou do governo de Pernambuco, já que nós somos cidadãos Pernambucano”, lamentou.

Entenda o Caso

A tragédia aconteceu na madrugada de 7 de dezembro de 2018. A chacina do município de Milagres, cidade da Região Sul do Ceará, terminou com 14 pessoas mortas, sendo seis reféns, quatro da mesma família, e completou quatro meses. Os criminosos tentavam assaltar dois bancos na cidade quando foram interceptados pela polícia.

Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, a quadrilha já era investigada pelas polícias Civis de Sergipe, Bahia e Alagoas. No Ceará, o monitoramento era feito pela coordenadoria de inteligência.

Oito suspeitos de participação foram presos, entre eles duas mulheres. Armas, explosivos e veículos foram apreendidos.