Um homem matou na noite de terça (21) quatro pessoas em Paracatu, em Minas Gerais. Segundo a Polícia Militar, após esfaquear no pescoço e matar uma ex-namorada, o criminoso foi à igreja Batista Shalon e matou outras três pessoas com uma arma. Os nomes das vítimas ainda não foram revelados, nem o do atirador.
Policiais que estavam perto da igreja evangélica conseguiram chegar rapidamente ao local, e atiraram no criminoso, que foi levado com vida a um hospital, onde foi operado.
Segundo policiais, o desfecho poderia ter sido muito pior porque havia 20 pessoas na igreja quando o atirador chegou.
“O rapaz foi à casa da mãe dele, onde também estavam a irmã dele e uma ex-namorada. Ele entrou, desferiu um golpe de faca no pescoço da ex-namorada, que veio a óbito. Saiu dali e foi em direção de uma igreja batista, onde se realizava uma reunião fechada com cerca de 20 pessoas. Ele entrou com uma garrucha calibre 0.36 e disparou atingindo a cabeça de um senhor”, disse o porta-voz da PM, major Santiago.
A Polícia Militar informou que, ao chegar na igreja, o atirador efetuou um disparo na cabeça de um homem. Em seguida, recarregou a arma e atirou atingindo a cabeça de uma mulher.
“Felizmente havia um patrulhamento da PM próximo que percebeu [o ocorrido]. Ele [o atirador] percebeu a presença dos policiais e tomou outra mulher como refém, mas no momento em que os policiais começaram a negociar, ele atirou na cabeça dela. A polícia revidou e acertou o criminoso, que não veio a óbito”, acrescentou o porta-voz da PM.
Segundo ele, o desfecho poderia ter sido ainda pior, uma vez que havia dezenas de pessoas celebrando um culto na igreja.
“Infelizmente confirmamos os três óbitos na igreja e o da ex-namorada. Mas, com 20 pessoas no local, a situação poderia ter sido muito pior se não fosse a intervenção da Polícia Militar”, disse o major.
Em entrevista ao jornalista Valter Lima, no programa Revista Brasil, da Rádio Nacional de Brasília, emissora da EBC, o tenente coronel Luiz Magalhães, do 45º Batalhão da Polícia Militar de Paracatu, disse hoje (22) que o assassino passava por distúrbios e já teria tido envolvimento com drogas.
“Pelos relatos que colhemos de alguns fiéis, ele demonstrava sinais de distúrbios psicológicos e psiquiátricos. Ele dizia que ouvia vozes e tinha alucinações. Era membro da igreja e, ao que consta, ficou insatisfeito por ter sido retirado de alguns trabalhos, justamente por mau comportamento”, relatou.
Na versão da Polícia Militar, o criminoso tem 39 anos e estaria desempregado.
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