Apesar de não estarmos em um surto, o zika vírus continua circulando e gerando preocupação para gestantes. Embora as complicações mais graves do zika costumem ser causados durante a gravidez, os sintomas nas gestantes são muito parecidos com os do resto da população. A questão é que, em 80% dos casos, os sinais da infecção não se manifestam. E, mesmo nesses episódios assintomáticos para a mãe, os bebês podem desenvolver microcefalia e outros problemas de desenvolvimento.
O médico infectologista do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Felipe Prohaska, fala sobre o assunto. “Do mesmo jeito que a gente convive há décadas com a dengue, agora a chicungunha e o zika se tornaram uma frequente na nossa vida”, disse.
Sobre o impacto do zika nos bebês, o primeiro e o segundo trimestre da gestação são os períodos mais perigosos para as gestantes. “O vírus da zika pode atacar as crianças e levar ao que chamamos de microcefalia, que são alterações neurológicas graves com alterações não só do tamanho do crânio, como lesões neurológicas e oculares”, alertou.
Segundo o infectologista, após o nascimento, não existe risco neurológico para os bebês, no caso de contaminação pelo zika.
Confira a entrevista completa: