TRAGÉDIA

Pai e filha se fortalecem no amor, 2 anos após acidente da Tamarineira

Trágico acidente no bairro da Tamarineira deixou três pessoas mortas no dia 26 de novembro de 2017

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 26/11/2019 às 17:54
Foto: Filipe Jordão/JC Imagem
FOTO: Foto: Filipe Jordão/JC Imagem

Dois anos se passaram do trágico acidente ocorrido no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife. No dia 26 de novembro de 2017 um motorista alcoolizado avançou o sinal vermelho e atingiu o carro dirigido pelo advogado Miguel Silveira, 48 anos. Morreram no acidente a esposa do advogado, Maria Emília Guimarães, 39 anos, o filho Miguel Neto, 3 anos e a babá grávida de 3 meses, Roseane Maria de Brito, de 23 anos. Apenas o advogado e a filha marcela, hoje com 7 anos, sobreviveram. Mas Marcela chegou ao hospital com grave lesão craniana e mínima expectativa de se recuperar.

O pai Miguel diz que o diagnóstico dos médicos na época era desanimador. “Se eu fosse levar em consideração o que eu lia vendo o diagnóstico dela, o que eu lia e o que ela é hoje, é praticamente impossível. Marcela é um milagre. Uma vitoriosa”, comentou.

Recuperação milagrosa

Os dias e meses de Marcela foram de vitórias. No início do ano passado ela não conseguia segurar o pescoço, não tinha olhar fixo e nem movimento no lado direito do corpo. Hoje marcela já fica em pé com apoio, assiste filmes, gosta de desenho animado e começou a segurar objetos com a mão direita. O melhor: ela dá os primeiros passos voluntariamente quando está de pé. Em junho marcela voltou a frequentar a escola e agora participou da formatura do abc ao lado dos colegas. Para o pai Miguel a cura tem nome. “Quem cura tudo é o amor”, afirmou.

Miguel Silveira sabe que os desafios de marcela são enormes. Mas diz que além da própria dedicação dele, hoje trabalha bem menos como advogado para ter mais tempo com a filha. Marcela conta com apoio e amor dos primos, tios e avós.

Emocionado ele lembra da esposa. Para o advogado, mesmo ausente, Mirela o inspira. “Nem minha própria mãe foi tão boa quanto ela para os filhos. Mila vivia intensamente para as crianças, e, consequentemente, eu também”, diz.

Aquele amor poderoso citado por Miguel no início da entrevista é de mão dupla. Ele também transparece no sorriso de Marcela ao encontrar o pai.