Saúde

Pesquisa busca entender hábitos durante a pandemia do coronavírus

Estudo da Fiocruz com duas universidades quer analisar comportamento das pessoas na quarentena

Priscila Miranda
Priscila Miranda
Publicado em 28/04/2020 às 13:23
Pixabay
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Como anda o seu sono, apetite, as relações pessoais e de trabalho durante os últimos dias? No isolamento social, você provavelmente deve ter mudado ou adotado novos hábitos comportamentais. Entender como a pandemia influencia nisso tudo é o objetivo do questionário online “Covid - pesquisa de comportamentos”, uma iniciativa elaborada pela Fiocruz, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O médico sanitarista da Secretaria de Saúde do Recife e integrante do grupo de pesquisa da Fiocruz, Paulo Germano de Frias detalha o que se pretende analisar a partir dos resultados.

“A pesquisa pretende analisar as características comportamentais das pessoas, segundo faixa etária, idade, sexo e escolaridade, condição de trabalho e também como cada pessoa avalia sua condição de saúde, o que mudou e as dificuldades enfrentadas com a pandemia. Além disso, pretende avaliar o acesso a serviços de saúde e aos planos privados de saúde”, explicou Paulo.

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As perguntas do questionário vão desde a frequência em que os entrevistados estão consumindo produtos industrializados até se ele está sentindo mais dor nas costas, por exemplo.

Com isso, a pesquisa segue uma lógica diferente da que costuma ser aplicada na maioria desses levantamentos. O médico e pesquisador Paulo Germano de Frias comenta a importância de relacionar fatores comportamentais à pandemia.

“A importância de se criar uma pesquisa que relacione os fatores comportamentais com uma pandemia é para entender as reações dos diversos grupos de pessoas diante de uma situação absolutamente inusitada, uma emergência em saúde pública de importância internacional, que requer uma política de isolamento social ou a quarentena e, para isso, é fundamental para pensar intervenções preventivas para cada um desses grupos.”

A partir dos resultados da pesquisa, outras questões vão poder ser levantadas, e assim esclarecer quais são as intervenções mais adequadas para diferentes grupos.

Se você achou o estudo importante e quer colaborar, basta entrar no site: convid.fiocruz.br.

Ouça a reportagem de Beatriz Albuquerque: