A veterinária Priscyla Andrade, de 31 anos, uma das mulheres que foram internadas após serem infectadas com a doença da urina preta, segue internada na UTI de um hospital particular na área central do Recife, nesta segunda-feira (3). Ela e a irmã, Flávia Andrade, adquiriram a doença após comerem um peixe da espécie Arabaiana.
De acordo com as informações repassadas pela mãe dela, Betânia Andrade, Priscyla está em estado gravíssimo. "Boa tarde. Sim, permanece na UTI em estado gravíssimo. Mas Deus vai operar milagres. Essa toxina do peixe não vai destruir minha Priscyla", afirmou.
Já a irmã dela, a empresária Flávia Andrade, recebeu alta e concedeu entrevista ao programa Por Dentro com Cardinot, da TV Jornal.
"No ato do socorro da minha irmã, eu fiquei travada da nuca para o quadril. Eu conseguia mexer apenas pernas e braços. Pensei que era estresse, ou dor muscular. Minha irmã foi socorrida e já encaminhada para a UTI no mesmo instante", relatou Flávia, sobre ter sido internada com a Síndrome de Haff.
Além das duas irmãs que adoeceram, após comerem peixe, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco investiga outros três casos suspeitos de Síndrome de Haff no Estado. Os cinco casos foram notificados por um órgão da Prefeitura do Recife no início desta semana. A Síndrome de Haff também é conhecida como Doença da Urina Preta, causa escurecimento da cor da urina e fortes dores musculares.
Segundo especialistas, o peixe deve ser transportado e armazenado entre menos 28 graus. E se você costuma comprar o produto na feira, tem que ficar atento, pois o peixe deve ficar no gelo para que a temperatura ideal seja mantida. Os sintomas da Síndrome de Haff surgem entre 2 a 24 horas.
A Síndrome de Haff é uma doença rara que acontece de forma repentina e que é caracterizada pela ruptura das células musculares, o que leva ao aparecimento de alguns sinais e sintomas como dor e rigidez muscular, dormência, falta de ar e urina preta, semelhante à café.
As causas da doença de Haff ainda são discutidas, no entanto acredita-se que o desenvolvimento da doença de Haff seja devido a alguma toxina biológica presente em peixes de água doce e crustáceos.
É importante que essa doença seja identificada e tratada rapidamente, isso porque a doença pode evoluir rapidamente e trazer complicações para a pessoa, como insuficiência renal, falência múltipla de órgãos e óbito, por exemplo.
Os sintomas da doença de Haff surgem entre 2 a 24 horas após o consumo de peixe ou crustáceos bem cozidos, mas contaminados, e estão relacionados com a destruição das células musculares, sendo os principais:
Na presença desses sintomas, principalmente se for notado escurecimento da urina, é importante que a pessoa consulte um clínico geral para que seja possível avaliar os sintomas e realizar exames que ajudem a confirmar o diagnóstico.
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