Presa suspeita de participar do assassinato do filho Henry, a professora Monique Medeiros foi recebida na cadeia com bastante hostilidade pelas demais detentas. Ao percorrer os corredores da unidade prisional até a cela, a mãe de Henry ouviu gritos com ofensas e ameaças como a frase “uh, vai morrer”, repetida em coro pelas companheiras de prisão. A apuração é da colunista do UOL, Juliana Dal Piva.
Monique vai ficar presa em uma cela individual no Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói, cidade da região metropolitana do Rio. Segundo o UOL, a expectativa é que ela fique, inicialmente, 14 dias isolada, mas que este período seja prolongado por motivo de segurança de Monique.
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Entre detentos de todo o país, presos suspeitos de crimes contra crianças não são bem vistos e costumam ser ameaçados e até agredidos. Monique teve a prisão decretada na última quinta-feira (8). Além dela, o vereador carioca Dr. Jairinho, padrasto de Henry, também foi preso.
Ainda de acordo com o UOL, Monique tem chorado bastante. Fontes da coluna disseram que ela também grita bastante dentro da cela, mas não procurou ajuda médica. O estado da suspeita é diferente de quando prestou depoimento na delegacia e de quando foi presa. Naqueles momentos, ela demonstrou tranquilidade e não chorou na frente das câmeras da imprensa.
Na sexta-feira (9), Monique também rejeitou receber o advogado André França Barreto, que foi contratado para fazer a defesa dela e do vereador Dr. Jairinho, companheiro da mãe de Henry, e também suspeito de matar o garoto. No caso do vereador, fontes do UOL confirmam que ele, sim, recebeu atendimento médico.
A defesa do casal entrou com habeas corpus no sábado (10), pedindo que os dois fossem soltos. Para o advogado, a prisão é desnecessária e há ilegalidades no processo investigativo do caso.
Henry Borel, de 4 anos, morreu na madrugada do dia 8 de março. Ele estava no apartamento onde morava com a mãe e com o padrasto. Ao levar o menino para o hospital, o casal disse que a vítima havia caído da cama, mas perícia e laudo necroscópico afastam essa hipótese.
No corpo da vítima, foram encontradas 23 lesões, entre elas, uma bem brave no fígado. Os médicos disseram que os ferimentos foram causados por violência.
Um mês antes do crime, Monique já havia levado Henry ao hospital dizendo que o menino havia caído da cama. A hipótese acredita pelos investigadores é a de que Jairinho batia no menino e de que Monique sabia das agressões.
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