Caso Patrícia Roberta

Patrícia Roberta: Um dia após encontrar corpo, veja o que a polícia já sabe até agora sobre a morte da pernambucana

Assassinato de Patrícia Roberta repercute bastante pela brutalidade e pela possibilidade do assassino ser um amigo de infância da vítima

Atualizada às 19h03
Atualizada às 19h03
Publicado em 28/04/2021 às 8:44
Reprodução/Arquivo pessoal
FOTO: Reprodução/Arquivo pessoal

Uma mulher jovem e bonita, descrita por familiares como amorosa e prestativa. Aos 22 anos, Patrícia Roberta Gomes da Silva, que morava em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, teve os sonhos interrompidos ao ser assassinada em João Pessoa, na Paraíba. O corpo da vendedora foi encontrado na terça-feira (27) e, até aqui, as investigações já encontraram vários indícios que apontam para um principal suspeito.

O homem de 23 anos de idade trabalha como tatuador e teria atraído a jovem até João Pessoa para cometer o homicídio por motivos que ainda não estão claros. Ele foi preso na noite da terça-feira. Chama atenção o fato dos dois serem amigos de infância e a brutalidade com a qual o crime foi cometido.

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Cronologia do crime, suspeito e provas: O que a polícia já sabe sobre o assassinato de Patrícia Roberta?

1. Cronologia:

Dias antes do crime: Patrícia pede ajuda a uma prima para comprar passagem para João Pessoa e diz que vai se encontrar com o amigo.

Sexta-feira (23/04/2021): A jovem saiu de casa na sexta-feira (23). Antes de seguir para João Pessoa, ela passou pelo Recife.

Domingo (25/04/2021): Patrícia envia mensagem para a mãe dizendo que estava trancada no apartamento do amigo. Depois, em outra mensagem, ela diz que estava tudo bem, mas para de responder as mensagens da mãe.

Segunda-feira (26/04/2021): Patrícia deveria voltar para casa na segunda-feira, no entanto, não aparece nem dá notícias.

Terça-feira (27/04/2021) - Madrugada: Vizinhos do suspeito ligam para a Polícia informando que viram o homem com um material suspeito, que parecia com um corpo.

Terça-feira (27/04/2021) - Tarde: O corpo de Patrícia é encontrado em um matagal a dois quilômetros de distância da residência do principal suspeito.

2. Quem é o suspeito?

Patrícia foi para João Pessoa se encontrar com um homem de 23 anos que trabalha como tatuador na capital paraibana. Segundo a mãe da jovem, os dois estudaram juntos em um colégio de Caruaru há 10 anos. Depois que deixaram de estudar juntos, Patrícia e o suspeito passaram a trocar mensagens e manter contato pelas redes sociais. O homem não tinha passagens pela polícia.

3. Indícios e provas

  1. Em conversas com a mãe, já quando estava em João Pessoa, Patrícia demonstrou preocupação e disse que estava trancada dentro do apartamento do suspeito. Em uma das mensagens, a jovem disse que queria voltar para casa.
  2. Outro indício investigado pelos policiais é a denúncia feita por vizinhos do homem. Segundo o relato de ao menos um morador do prédio, o tatuador foi visto na madrugada de terça-feira (27) com um volume que parecia ter um corpo dentro. O volume teria sido carregado, inicialmente, em um carrinho de mão e, depois, transportado em uma motocicleta.
  3. Uma imagem de câmera de segurança também mostra um suspeito em uma motocicleta carregando um volume parecido.
  4. O corpo da jovem foi encontrado a dois quilômetros da casa onde o suspeito morava, antes de ser preso.
  5. Na casa do suspeito, policiais encontraram fronhas de travesseiro e roupas com marcas que podem ser de sangue. O material estava próximo à máquina de lavar. Um tênis com manchas semelhantes também foi encontrado no imóvel.
  6. Os investigadores também localizaram um caderno com uma lista contendo o nome de 20 mulheres. Entre os nomes, o de Patrícia Roberta. A polícia pediu um exame para descobrir se a lista foi escrita pelo tatuador.
  7. Neste mesmo caderno, os investigadores puderam ler mensagens como “saio à noite para matar mulheres”.
  8. Também no apartamento do suspeito, os policiais encontraram desenhos descritos como “macabros”.
  9. No imóvel, a polícia também recolheu dois livros sobre “rituais”. Não está claro, no entanto, o teor exato destes livros.
  10. Em frente ao prédio onde o suspeito morava, os investigadores localizaram pertences da vítima, como óculos de sol, roupas, maquiagem e um travesseiro de pescoço. O material estava dentro de uma lata de lixo.

4. O corpo da vítima

  1. O corpo de Patrícia Roberta foi encontrado com fitas isolantes e sacos plásticos.
  2. Não há sinais de ferimentos provocados por arma de fogo, e a principal hipótese é a de que Patrícia Roberta tenha sido asfixiada.