A milícia do Talibã, grupo armado fundamentalista do Afeganistão, conseguiu em cerca de três meses tomar o poder do país e ocasionou uma crise humanitária diante do medo que a população da extrema ditadura religiosa. Em entrevista ao programa Rádio Livre, o coordenador do curso de Ciência Política da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Thales Castro, explicou o que ocorre no Afeganistão com a volta do Talibã, que afirma ter assumido o governo do país.
''O objetivo (do Talibã) é de estabelecer o 'Reino do Terror' e sobretudo suprimindo o direito das mulheres. O Afeganistão é conhecido como o 'Cemitério dos Grandes Impérios'. Eu critico como foi retirada das tropas norte-americanas. Nenhuma intervenção estrangeira é eterna, mas a questão fundamental é o cronograma de retirada e a estratégia comunicacional, como foi passado o bastão para o governo afegão. Houve uma série de erros'', afirmou.
Após terem tomado o controle de 31 das 34 capitais das províncias, o Talibã invadiu Cabul, a capital do Afeganistão. A única saída, por enquanto, é através o aeroporto de Cabul, pois os talibãs ainda não controlam. Segundo as agências de notícia, as forças americanas na tentativa de acalmar os cidadãos atiraram para o alto, mas aumentou o tumulto.
O Talibã busca a ressurreição completa do emirado islâmico, que governou o Afeganistão entre 1996 e 2001, seja por meio do diálogo, da força, ou com uma combinação dos dois, além de vários ataques com diversos alvos em todo. O primeiro ato foi negociar a saída de tropas americanas e estrangeiras do Afeganistão, através de acordo com os Estados Unidos, após mais de 20 anos de guerra.
O secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antônio Guterres, conclamar que todas as partes em conflito no Afeganistão devem exercer a máxima contenção para proteger as vidas das pessoas e garantir os direitos humanos. Diante disso, Thales Castro comentou sobre qual o caminho para mudar a situação do país.
''No campo político, tem muito pouco do que pode ser feito. Eu percebo que é uma tragédia anunciada. A gente percebe que dois países importantes no cenário mundial formataram algum tipo de suporte: China e Rússia. Com a retirada das tropas dos Estados Unidos, simbolicamente é uma vitória dos chineses. Com isso, vão poder usar o território do Afeganistão para a reconstrução da infraestrutura do país. Isso traz mudanças geopolíticas no mundo todo'', afirmou o cientista político em entrevista a Rádio Jornal.
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